Pioneira na região Sul do país, a Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc) contará com um reforço no orçamento para 2024. O deputado federal Heitor Schuch (PSB) esteve em Linha Santa Cruz na tarde de sexta-feira para entregar uma emenda de R$ 300 mil à instituição.

O repasse será utilizado para a continuidade dos trabalhos durante o ano letivo e atender os 146 alunos – mais 22 estagiários – matriculados. Conforme o coordenador da Efasc, Adair Pozzebon, a expectativa é de que os recursos sejam liberados no início do segundo semestre. Oriundo do Orçamento Geral da União de 2024, o valor será encaminhado à Prefeitura de Santa Cruz do Sul para ser destinado à Efasc.

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“A emenda é para a escola respirar e equilibrar as contas. É a certeza de que vamos fechar o ano com as contas em dia e continuar a entregar um trabalho de qualidade”, afirmou Pozzebon.

Presente na cerimônia de fundação da Efasc em março de 2009, Schuch destacou a reputação da escola em proporcionar conhecimento aos jovens e provocar mudanças no campo. Em 15 anos, a instituição formou 368 estudantes, e foi a primeira a ser construída na região sul do Brasil. 

Na visão do presidente da Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (Agefa), Marcio Luis Manske, a emenda é uma conquista na luta pela formação dos jovens integrantes da agricultura familiar no Vale do Rio Pardo por meio da pedagogia de alternância – proposta educacional voltada ao meio rural para integrar as vivências do campo com o ambiente escolar. Mantenedora da escola, a Agefa é composta por agricultores familiares, estudantes egressos e parentes de alunos.

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A Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc) inicia o ano letivo no dia 26 de fevereiro. Ao todo, serão seis turmas – duas a mais que no ano anterior – compostas por 146 alunos do Ensino Médio e mais 22 estagiários, totalizando 168 matriculados. São jovens de 14 a 18 anos, de dez cidades do Vale do Rio Pardo que têm convênio com a instituição – Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Passo do Sobrado, Vale Verde, Rio Pardo, General Câmara, Vera Cruz, Sinimbu, Boqueirão do Leão e Gramado Xavier.

A formação dura quatro anos. Para obter o diploma de técnico agrícola, os estudantes também precisam concluir um estágio obrigatório. Eles passam uma semana no internato e outra semana na propriedade junto à família.

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Déficit orçamentário reduziu os repasses

Por se tratar de uma escola comunitária, a Efasc é mantida com recursos captados junto a mais de 30 parceiros entre entes privados e públicos. Parte do orçamento vem do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 

Entretanto, após a redução dos valores transferidos pelo Fundeb em 2023, a instituição fechou o ano com um déficit de aproximadamente R$ 392 mil. “Passaram de R$ 9,4 mil por aluno a R$ 7,9 mil. Então, houve uma perda de praticamente R$ 1,5 mil por aluno”, explicou o coordenador da escola, Adair Pozzebon, ao receber a emenda parlamentar.

Foi a primeira vez que a instituição utilizou o instrumento do Congresso Nacional. Para obter o valor, a Agefa uniu forças com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Santa Cruz do Sul para apresentar a demanda ao deputado federal Heitor Schuch. Contou ainda com o Poder Executivo municipal para receber a emenda parlamentar.

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