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MEMÓRIA

Em 1917, foi fundado o Tiro de Guerra 289 de Santa Cruz

Crianças do Tiro Espoleta tinham uniforme e desfilavam com arminhas de madeira | Fotos: Arquivo Luiz Kuhn

Em 1902, por iniciativa do coronel Antonio Carlos Lopes, foi fundado na cidade de Rio Grande o primeiro Tiro de Guerra (TG) do Brasil. Era chamado de Linha de Tiro e objetivava oferecer noções de cidadania e instrução militar aos jovens.

A proposta contava com o apoio do Exército, dos governos municipais e da sociedade civil. Em 1916, quando Olavo Bilac iniciou a campanha pelo serviço militar obrigatório, as Linhas de Tiro passaram a ser chamadas de Tiro de Guerra (TG) e ganharam impulso no Brasil.

Em 1917, foi fundado o Tiro de Guerra 289 de Santa Cruz. A primeira sede era na atual Rua Marechal Deodoro, 227, onde reside a família Kolberg. Sem um comandante cedido pelo Exército, o capitão Fernando de Azambuja, que era advogado, assumiu a tarefa de preparar os jovens. Azambuja era voluntário e não recebia remuneração. Para as instruções, tirou do depósito da Intendência antigos fuzis e mosquetões da Guarda Municipal, que foram limpos e engraxados. O primeiro presidente do TG foi o médico Carlos Emílio Hardegger.

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Marcenaria Kolberg, na Deodoro, chamava atenção pela beleza dos prédios de madeira | Fotos: Arquivo Luiz Kuhn


Algum tempo depois, o Exército enviou o tenente Francisco de Paula Vieira da Cunha para ser o instrutor. Ele elogiou o trabalho feito por Azambuja. Animado, o advogado organizou o Tiro de Guerra Infantil, apelidado de Tiro Espoleta. Os meninos tinham fardamento e desfilavam com arminhas de madeira.

Em 15 de novembro de 1930, o TG 289 passou para sua nova sede, na Rua 7 de Setembro (ao lado do antigo Presídio, hoje Biblioteca Municipal). O grupo costumava desfilar pela cidade e estava sempre presente nos eventos cívicos.

O antigo prédio do TG, na Marechal Deodoro, foi adquirido por João Carlos Kolberg, que ali instalou a Marcenaria Kolberg. Com a chegada do Exército em 1944, o Tiro de Gerrra na cidade foi desativado. Hoje, ainda existem algumas dessas organizações pelo interior do Brasil.

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Pesquisa: Arquivo da Gazeta do Sul

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