Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

TRIBUNA

Em aberto

Ao todo, oito vereadores de Santa Cruz subscreveram o projeto do líder de governo que cria uma segunda sessão ordinária semanal na Câmara – eram necessários cinco, além do autor, para que o assunto entrasse em pauta. A aprovação, no entanto, depende de ao menos nove votos. Embora a base governista venha encontrando tranquilidade para passar matérias, entre alguns parlamentares aliados há uma preocupação de que a medida seja encarada pela população como um aumento de gastos correntes sem necessidade.

Sem mais delongas
Outro entendimento que cresce entre os vereadores é o de que um eventual aumento no número de reuniões deve ser acompanhado de uma reestruturação regimental maior, que torne os debates mais objetivos. Hoje, as sessões chegam a durar cerca de quatro horas, a maior parte ocupada por pronunciamentos de tema livre – enquanto a discussão das propostas, obviamente, deveria ocupar o maior espaço. Há quem defenda que, com duas reuniões mais curtas na semana, se aceleraria a tramitação das pautas sem gerar mais custos.

Mais longe
A discussão, porém, será complexa. A bancada do PTB, conforme anunciado na metade da semana, preparou emendas ao projeto. Uma delas amplia a proposta, determinando que sejam não duas mas três sessões semanais. Outra obriga que as comissões de mérito se reúnam semanalmente, o que não acontece atualmente.

Publicidade

Queda de braço
À coluna, o líder de governo, Henrique Hermany (PP), alegou que irá cobrar a exigência de assinaturas de seis vereadores para que as emendas entrem em tramitação. O Regimento Interno prevê o número mínimo para projetos de resolução, mas silencia a respeito de emendas, o que deve abrir margem para interpretações distintas.

Frente a frente
Os petebistas também querem retomar o debate sobre as frentes parlamentares. Em maio, Henrique entrou com um projeto para restringir o número de frentes – cada vereador poderia propor apenas uma por ano. Uma das emendas da oposição estabelece que não há qualquer limite, desde que não implique em custos.

“Com cautela”
Questionado pela coluna, o presidente da Câmara, Ilário Keller (PP), disse não crer que aumentar o número de sessões ordinárias semanais vá representar ganho de produtividade. “Será mais presença na câmara e menos junto à comunidade. E vai gerar custos, se for no modelo falado na imprensa”, alegou. Ilário afirmou que, caso tenha que votar – presidente só vota em situação de desempate –, irá analisar “com cautela”.

Publicidade

Sabotagem
Em 2016, um projeto prevendo a criação de uma segunda sessão semanal acabou não sendo votado por uma manobra da bancada do Solidariedade. Para forçar a retirada do assunto da pauta, o grupo ingressou com uma segunda proposta, bem mais radical: as reuniões aconteceriam de segunda a sexta, o que não ocorre sequer no Congresso Nacional.

LEIA MAIS COLUNAS DE PEDRO GARCIA

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.