Nos últimos dias, a informação de que havia demora para liberação de corpos em razão de normativa interna do Departamento Médico-Legal (DML), após a crise causada pelas enchentes, repercutiu na comunidade. Um dos alertas foi divulgado pela proprietária de uma funerária de Venâncio Aires. Em entrevista à Rádio RVA, a empresária Fabiani Hencke falou sobre os transtornos e citou acúmulo de corpos em razão da quantidade de câmaras ser limitada. Disse que chegou a haver nove cadáveres no local que teria capacidade para seis. Segundo ela, há uma exigência de que o Instituto Geral de Perícias (IGP) faça o exame papiloscópico em todos os corpos, inclusive em óbitos que não têm ligação com a enchente.
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A empresária afirmou que a demora na liberação dos corpos teria causado transtornos às famílias, dificultando a realização de velórios. Conforme Fabiani, a justificativa seria a oscilação no sistema de registro. Para ela, o momento exige sensibilização para agilizar os trâmites burocráticos, inclusive com informações registradas de forma provisória em papel. “Pelo WhatsApp, ficamos sabendo de uma funerária que conseguiu liberação via judicial. Mas isso acarreta custos”, complementou.
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A perita criminal chefe da Assessoria de Comunicação Social do Instituto-Geral de Perícias, Leilane de Melo Verga, disse que o IGP segue protocolos internacionais para identificação de vítimas. Ela afirma que o decreto não é uma burocracia, mas segurança para as vítimas, que terão exames periciais realizados com métodos de identificação validados.
No momento, a maioria dos corpos do Posto Médico Legal de Santa Cruz do Sul já foi liberada para os familiares. Leilane alegou ainda que era falsa a informação de que havia nove corpos ocupando o espaço de seis.
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