Empresas garantem compra do tabaco estimado com cada produtor

A comissão representativa dos produtores de tabaco, formada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, reuniu-se nessa terça-feira, 21, e quarta-feira, 22, com 10 empresas fumageiras. O objetivo foi obter esclarecimentos e soluções sobre o atual momento de comercialização com os produtores.

Entre os acertos, ficou definido que as empresas se comprometem a comprar toda a produção estimada com o produtor integrado. Em virtude disso, as empresas que haviam anunciado o encerramento da compra, postergaram as datas. Já em relação ao preço, segundo as empresas, os valores que serão praticados ficarão dentro da tabela de cada fumageira. “Não são as notícias que gostaríamos de passar aos fumicultores, mas, nos mostra que, cada vez mais, o produtor precisa adequar a oferta à demanda”, diz a diretoria da Afubra.

SindiTabaco

No segundo dia das reuniões, nesta quarta-feira, a comissão teve reunião com o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke. Ao justificar que o SindiTabaco não participa de negociação de preço e comercialização do tabaco, o dirigente disse que sente que o sistema integrado está fragilizado. Contudo, afirmou que a solução está dos dois lados: fumicultor e empresa. “O que se precisa é, tanto a empresa quanto o produtor, buscar soluções para melhorar o sistema integrado”.

Para a Afubra, a solução está na governança do sistema integrado e que o SindiTabaco precisa fazer uma gestão sobre essa questão, junto com as empresas associadas. “Que as empresas prezem pela manutenção do sistema integrado organizado”. A entidade ainda solicitou ao SindiTabaco o apoio para que as empresas comprem todo o tabaco remanescente e dispense multas, para garantir a sustentabilidade do setor.

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