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ROMEU NEUMANN

Eu (não) acredito

Melhor que não se diga mais nada! Nos poupem das mentiras, das promessas irresponsáveis, da falsidade que nos espreita e nos assusta em todos os níveis de poder. Seja na nossa aldeia, tão bela, ornamentada e iluminada para festejar o Natal; no entorno do Guaíba e de todas as vertentes que o alimentam, onde o romantismo e o encanto do por do sol são trapaceados por interesses que só o futuro nos revelará; no Planalto Central, prostituído e subjugado pelo poder.

O que se pode ou se deve dizer às pessoas? Que tenham paciência, que hora dessas vai melhorar, que as instituições funcionam (será?), que nossa democracia é um exemplo para o mundo graças a um Judiciário que se adonou da lei, da verdade e da razão?

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Tento, mas não consigo esquecer do “Perdeu, mané!”, da reticente “Eleição não se ganha, eleição se toma”, e outras bizarrices proferidas pelo nosso eminente presidente do Supremo.
Tudo dentro da lei! A lei deles, os togados, os intocáveis.

A mesma lei ou a mesma lógica que autoriza candidatos a se esbaldarem em promessas – “Não vou aumentar impostos”, “vamos acabar com a fome”, “vou enxugar a máquina pública” e blábláblá – é a que legitima desonrar os compromissos. Por quê? Porque, depois, despidos de seus arroubos e confrontados com a realidade, lhes resta admitir o que todo mundo sabe: não há recursos para operar milagres. Até poderia haver, se tivessem coragem de cortar na própria carne. Mas como acomodar os companheiros? E as companheiras deles? E os amigos de uns e de outros?

Custo a acreditar que estejamos sob o jugo de um direcionamento de licitações em benefício de grupos políticos e econômicos para a execução de obras importantes para o município. E se for comprovado? Que decepção!

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Da mesma forma me deixa perplexo o ímpeto do governador, à revelia de todo o seu discurso de candidato, em majorar o índice do ICMS no Estado dos atuais 17% para 19,5% em prejuízo direto aos que fazem girar a economia do Estado. E do povo gaúcho que vai pagar a conta.

O que mais se pode esperar de sua gestão? Sonegou direitos adquiridos, resguardados pela legislação, de uma legião de servidores que pautaram sua carreira profissional dentro dos parâmetros da lei em vigor e que tiveram seus direitos amputados por um canetaço avalizado pela Assembleia Legislativa.
Aliás, você já falou com seu deputado? Ele se preocupou em ouvir sua opinião? Ou se escondeu em meio à manada e mergulhou no anonimato para lhe dar um tapinha nas costas e pedir seu voto na próxima eleição?

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O golpe de misericórdia na esperança vem de Brasília. Fiquemos só com a declaração do indicado do presidente Lula à vaga no Supremo Tribunal Federal, desmentindo tudo o que jurou na sua campanha. O seu escolhido, o ministro Flávio Dino, se superou na ironia: “Juiz do STF não tem partido, nem ideologia. A ele cabe cumprir a Constituição”.
Alguém acredita?

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