Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Pesquisa

Expectativa de vida na região é menor do que a média do Estado

Um levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão revela que, na média, a população do Vale do Rio Pardo vive alguns meses a menos do que o total dos gaúchos. A expectativa de vida na região é de 76,33 anos contra 76,89 anos em todo o Estado. Indicadores econômicos, sociais e de saúde pública impactam diretamente nos resultados e podem sinalizar para a necessidade maior de atenção dos gestores regionais.

O coordenador do programa de Desenvolvimento Regional – mestrado e doutorado da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Rogério Silveira, explica que o resultado final da expectativa de vida populacional leva em consideração vários fatores econômicos, sociais e de saúde pública. “Números da segurança pública, acesso aos serviços de saúde e o desempenho da renda e da qualidade de vida ajudam a explicar a longevidade nas regiões”, destaca.

O professor, que coordena também o Observatório de Desenvolvimento Regional, explica que o estudo divulgado pelo Piratini não abre os números por município. O índices levam em conta os anos de 2016 e 2018 e não detalham a média de expectativa de vida por cidade. Silveira acredita que, para que se entenda onde ocorre o menor índice na região, seria preciso abrir os dados de todos os municípios para indicar onde estão as maiores diferenças.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Aposentadoria: tempo de mudanças e muitas possibilidades

Situação desfavorável
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o índice de longevidade alcançava 76,1 anos na região. Avaliando de 2010 a 2018 – último ano computado pelo estudo divulgado pelo governo na última terça-feira –, o crescimento da expectativa de vida no Vale do Rio Pardo foi de 1,07%, contra 1,72% em todo o Estado. “Este crescimento é muito baixo e mostra que boa parte da década foi desfavorável para o aumento da expectativa de vida na região”, avalia o professor Rogério Silveira.

Com base nestes índices, gestores municipais devem pensar políticas públicas que viabilizem o maior acesso a saúde, segurança e renda. “Será necessária uma avaliação individual feita em cada um dos municípios para que se mapeie onde o índice é menor na região”, sugere o professor da Unisc.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Expectativa de vida aumentou 5 anos entre 2000 e 2015

MUITA VONTADE DE VIVER
Moradora do Bairro Goiás, em Santa Cruz do Sul, a aposentada Dorcila Ellwanger tem 76 anos e vontade de viver pelo menos mais uma década. Com boa saúde, bom-humor e disposição, ela ensina que viver bem e bastante faz parte de um conjunto de fatores, dentre os quais as escolhas pessoais de cada um. “Eu me sinto como uma pessoa de 50 anos. Enquanto eu puder caminhar, quero fazer muita coisa”, revela.

Dona Dorcila explica que, por causa da pandemia do novo coronavírus, tem evitado sair à rua. Quando precisa de alguma coisa, usa máscara e também não tem recebido visitas – a entrevista para a Gazeta do Sul foi no portão de casa. Vaidosa, cuida de cabelo, sobrancelha e unhas – todas ok –, com ajuda da nora. “Ela pinta meu cabelo, arruma minhas unhas. Se não fizer bem, não tem almoço no sábado”, brinca a aposentada.

Publicidade

Nos planos de vida dela estão as viagens, pelo menos uma por ano. O Nordeste do Brasil está entre os destinos preferidos da aposentada. Se tudo der certo e a pandemia passar, dona Dorcila irá para o Recife em novembro próximo. “É preciso estar de bom-humor sempre. Quando toca uma bandinha boa e eu escuto, até danço sozinha. E assim a gente vai, meu filho.”

No celular, Dorcila guarda as fotos das viagens para o Nordeste, feitas todos os anos | Foto: Rafaelly Machado

LEIA TAMBÉM: O Dia Internacional do Idoso

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.