São diversos os produtos oferecidos na Feirasul, tradicional iniciativa da Oktoberfest. Com expositores nos pavilhões 2 e 3 do parque, neste ano, a feira tem relevância econômica, já que é também uma forma de recuperar a esperança de quem depende de eventos para poder tocar seus negócios. Nesta edição, a Feirasul dá prioridade aos expositores do município. O espaço da Agroindústria Familiar é reservado para evidenciar o que é produzido nas propriedades rurais da região. Podem ser encontrados produtos como cucas, bolachas, queijos, embutidos, schimier, melado, rapaduras, conservas, vinhos, sucos, entre outros. Além disso, a feira conta com expositores de flores, viveiros, peixes ornamentais e artesanato rural.

Há mais de 15 anos, Adriane Inês Pedó, de 47 anos, que é proprietária da Agroindústria Schena, de Linha Pinheiral, Santa Cruz do Sul, participa da Oktoberfest. “Começamos com espetinhos, e agora estamos só com a fábrica de embutidos e linguiças.” A produtora comenta que, mesmo sendo uma edição diferente, o clima é de otimismo. “A expectativa é de que no feriadão seja bom. Durante a pandemia deu uma diferença, e agora é uma ajuda, um rendimento que estava na hora de entrar”.

A Copromel – Cooperativa dos Apicultores Familiares do Brasil, também participa da Feirasul com um estande no Pavilhão 3. “Hoje somos 29 cooperados e o pessoal cada um faz na sua propriedade e leva no pavilhão da cooperativa, onde transferimos o mel já extraído para exportação”. Apesar do momento, espera-se boas vendas. “Para consumo temos mel de quilo, meio quilo, extrato de própolis. E temos a parte para alimentação da abelha, e também EPIs e acessórios para os apicultores”, explica Samuel Luis Dorfei, coordenador organizacional da Copromel de Santa Cruz.

Rosimeri de Oliveira Quoos, 34 anos, do setor administrativo da Copersanta, fala que são 175 cooperados da entidade. “A gente tem vários tipos de produtos, trabalhamos com toda linha de hortaliças, frutas, minimamente processados, com panificados também, conservas, vinhos e suco integral.” A ideia é que a cooperativa represente todas as agroindústrias. “Eu sou aquela que nunca perde a esperança. A data esse ano está muito boa, no início do mês, as pessoas receberam, tem mais possibilidades”, reitera.

Espaços também salientam a saúde

O Outubro Rosa, campanha de conscientização que tem como objetivo alertar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, é uma das bandeiras levantadas por entidades da área da saúde no Pavilhão 2. Simoni Gollmann, coordenadora de captação de recursos do Hospital Ana Nery, comenta que o hospital trabalha com a Campanha Pela Vida. “O foco é buscar recursos para o Centro de Oncologia Integrado (COI), que atende mais de 90% dos pacientes pelo SUS. E o SUS trabalha, historicamente, com tabelas defasadas. Essa campanha de vender produtos é uma forma de angariar recursos para melhorias que acabam sendo revertidas para a comunidade”.
Quem visitar o estande do Ana Nery poderá comprar esses produtos e também tirar dúvidas sobre os serviços oferecidos. “Temos orientações e informações. As pessoas chegam com dúvidas das mais diversas e a gente está aqui pra falar sobre tudo.”

Em frente ao estande do hospital, a Liga Feminina de Combate ao Câncer também está com um espaço voltado à Campanha Outubro Rosa. “Temos essa tradição de estar presente na Oktober e ainda dá a coincidência de ser no mês de outubro. Estamos aqui para fazer esse trabalho de conscientização das mulheres, da importância do autocuidado e também aproveitamos para divulgar o trabalho da Liga. Nosso trabalho é 100% voluntário e as ações que fazemos em prol dos pacientes de baixa renda são através de doações. Então estamos aqui vendendo produtos que levam a marca da Liga que é uma forma de captar recursos para reverter em prol dos pacientes”, considera a presidente Michele Henn Waechter.

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