Ao apurar, ainda na semana passada, a informação de que Euclides Miguel, 46 anos, estava no Vale do Rio Pardo, os agentes da Polícia Civil de Vera Cruz traçaram um plano. Precisavam capturar Cigano, como ele é conhecido, pois sabiam as incontáveis possibilidades de fuga que o homem procurado até pela Interpol podia realizar. Foi verificado que o indiciado estava em Santa Cruz do Sul para visitar sua mãe, internada em um hospital da cidade.

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Conforme a Delegacia de Polícia (DP) de Vera Cruz, Cigano, que é surdo e também não fala, possui histórico de crimes sexuais em sua ficha. Ao longo do final de semana, os agentes monitoraram sua movimentação. Os investigadores suspeitam que ele tenha usado um nome falso para adentrar a casa de saúde. Nessa segunda-feira, 6, pela manhã, apuraram que ele estaria escondido em um imóvel na Zona Sul de Santa Cruz e deflagraram a chamada Operação Xeque-Mate.

Às 10h08, Cigano já estava detido. Dois agentes da DP de Vera Cruz, com apoio de uma dupla da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), prenderam-no em uma casa alugada na Travessa Caí, no Bairro Pedreira. Havia contra ele mandados de prisão expedidos pelas comarcas de Santo Ângelo e Vera Cruz. Na cidade das Missões, onde teria cometido um crime sexual e cumpria regime semiaberto, monitorado por tornozeleira eletrônica.

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No dia 1º de agosto de 2022, segundo a Polícia Civil, ele teria cometido o crime de estupro de vulnerável em Vera Cruz contra uma mulher de 47 anos, que é surda, não fala e tem a patologia psiquiátrica de esquizofrenia. No dia 3 de agosto, rompeu a tornozeleira e se tornou foragido. A delegada Lisandra detalhou o caso. Sem revelar informações do processo, que corre em segredo de justiça, a responsável pela DP de Vera Cruz traçou o perfil do acusado.

“Já tinha antecedentes por delitos dessa natureza também em outras cidades, inclusive com cárcere privado. É bem audacioso e praticou crimes sexuais com extrema gravidade. Possui uma personalidade voltada ao cometimento de delitos como estupro e estupro de vulnerável, e configurava um grande risco nas comunidades por onde passava. Sua prisão é de extrema importância para garantir o bem-estar social e a sequência do processo com a coleta de provas.”

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