A Polícia Civil faz uma série de alertas para a comunidade tomar cuidado nas negociações realizadas pela internet. Isso porque vem se multiplicando a quantidade de golpes do falso intermediário aplicados a partir da venda de bens nas redes sociais. Recentemente, a Gazeta do Sul noticiou o caso de um santa-cruzense de 30 anos que perdeu R$ 27 mil acreditando que estava adquirindo um caminhão a um custo baixo.
Agora, um morador da cidade se viu envolvido em uma negociação falsa de seu próprio imóvel na web. O caso aconteceu na última quarta-feira. O homem havia posto à venda em uma imobiliária uma casa no Bairro Country pelo valor de R$ 636 mil. A esposa dele, então, colocou a oportunidade no Marketplace do Facebook, para que outras pessoas tivessem acesso ao anúncio.
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Foi quando o santa-cruzense soube que uma pessoa havia se apropriado das informações e imagens de sua casa e criado outro anúncio, mas com o valor de R$ 210 mil. Sua esposa, sabendo do golpe, entrou em contato com o suposto vendedor, pedindo informações sobre a casa. O golpista justificava o preço baixo alegando a necessidade de investir o valor em uma fazenda recém -adquirida.
Com receio de que seu imóvel pudesse estar envolvido num estelionato aplicado contra alguém, o santa-cruzense decidiu registrar a ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). O caso está sob investigação da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP).
Os agentes já têm alguns detalhes sobre o estelionatário, e vão buscar outras informações para tentar identificá-lo e responsabilizá-lo por eventuais golpes que tenham sido aplicados.
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Como funciona o chamado “golpe do falso intermediário”
Esse tipo de golpe, com leves variações, mantém um padrão. De início, o criminoso procura o anúncio de um determinado bem disponibilizado para venda na internet. Em alguns casos ele entra em contato com o vendedor, demonstrando interesse, pedindo fotos e fazendo várias perguntas. Em seguida, o golpista cria um novo anúncio com as mesmas imagens, descrições e características do item anunciado pelo vendedor, mas com um preço bem inferior.
Considerando o valor atrativo anunciado pelo golpista, pretensos compradores entram em contato com o estelionatário e demonstram interesse na negociação. O bandido, normalmente agindo de modo atencioso, com fala bem articulada, presta todas as informações ao interessado.
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Por fim, diz que está vendendo o bem para um familiar, um sócio ou alguém com quem tem uma pendência de negócio, em troca de uma comissão, pedindo sigilo das negociações. Já para o vendedor, o golpista costuma dizer que está intermediando a venda para acertar contas com um credor seu, pedindo que se limite a mostrar o item ao interessado sem entrar em detalhes sobre a negociação, já que é ele, intermediador (e golpista), que fará o pagamento dos valores ajustados com o vendedor.
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São, então, três pessoas envolvidas nesses fatos: o vendedor, o comprador e o estelionatário. Vale lembrar que vendedor e comprador são duas pessoas de boa-fé e ambos serão vítimas da fraude.
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À medida que a negociação com o golpista evolui, o comprador demonstra interesse em conhecer o bem, e o criminoso intermedia o contato com o vendedor. Com essa estratégia, o golpista pede para que nenhuma das partes fale sobre o valor do item, supostamente para evitar constrangimentos.
Após vistoriar o bem, o comprador confirma o interesse na compra e faz a transferência dos valores ajustados para a conta bancária que o golpista lhe fornece. Com isso, após a negociação, o comprador transfere o dinheiro para o estelionatário, que desaparece após o pagamento. Por fim, os envolvidos tentam contato com o criminoso e ele não atende mais às ligações ou responde as mensagens.
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