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ECONOMIA

Guerra dificulta importação de diesel para o Brasil

A guerra entre Rússia e Ucrânia mudou a dinâmica do mercado internacional de combustíveis. A escassez de oferta tirou de cena os pequenos importadores no Brasil, e até mesmo as grandes empresas sentem a redução de oferta de produtos, especialmente no segmento de óleo diesel. O cenário reflete o apetite da Europa em fazer estoques para evitar apagão no caso de um corte de gás mais intenso da Rússia, já que o diesel pode ser um substituto para o gás. A maior parte desses estoques é comprada dos Estados Unidos.

Para trazer diesel ao Brasil, o importador hoje tem de pagar caro, e já aconteceu de nem assim encontrar o produto, afirma Nelson Ostanello. Ele é presidente no País da Greenenergy, maior distribuidora de combustíveis do Reino Unido, que tem escritório no Brasil. “A Europa está pegando diesel do mundo todo. Mais de 50% do diesel consumido na Europa tem origem russa. Temos no momento um problema seriíssimo de abastecimento”, afirma Ostanello.

A maioria do diesel importado pelo Brasil vem do Golfo do México, que, com a guerra, tem destinado o combustível para a Europa e cobrado um prêmio alto por isso. Ostanello afirmou que há cerca de 15 dias o diesel estava com desconto, mas, com o conflito na Ucrânia, o setor passou a cobrar um prêmio de US$ 0,30 acima do preço. “O galão de diesel que estava US$ 3,20 agora está entre US$ 3,50 e US$ 3,60”, disse o executivo.

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Diálogo

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, conversaram ontem sobre o conflito na Ucrânia. Segundo comunicado emitido pelo Kremlin, Bennett informou ao presidente russo sobre seus contatos recentes com líderes de vários países para tratar da crise. Por sua vez, Putin compartilhou sua avaliação do processo de negociação entre os representantes russos e ucranianos que está ocorrendo por videoconferência nos últimos dias. Os líderes concordaram em seguir mantendo contato, segundo o comunicado.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou no sábado que está aberto a ter conversas com Putin, em Israel, mas apenas se houver um cessar-fogo. Na última semana, Bennett visitou Moscou para uma reunião com Putin e conversou repetidamente com Zelensky e os líderes de França e Alemanha, enquanto tentava ajudar a mediar o fim da guerra. Ontem houve nova rodada de negociação entre representantes dos dois países em conflito, que foi encerrada com a promessa de retomada nesta terça-feira, após análises de grupos de trabalho.

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Também ontem, as forças russas permitiram que um primeiro comboio de pelo menos 160 carros escapasse da cidade sitiada de Mariupol, na Ucrânia, após dez dias de tentativas malsucedidas de aliviar as mortes de civis sob incessante bombardeio.

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Situação deve manter o preço elevado

Mesmo com os recentes incentivos anunciados pelo governo para o diesel, como isenção de impostos federais e mudanças no ICMS, o preço deve permanecer alto para os caminhoneiros brasileiros, que já começam a se movimentar para uma possível greve, a exemplo do que ocorreu em 2018.

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“Na minha opinião, essa situação da importação vai se agravar. O Brasil precisa importar 25% da demanda, e a Petrobras deixou o preço tão defasado no passado recente, que ninguém tinha coragem de trazer de fora, nem a própria Petrobras trouxe (diesel)”, explicou Ostanello. Segundo ele, a defasagem do diesel chegou a R$ 2,50 antes do aumento anunciado pela estatal no último dia 11, o que impediu a formação de estoques.

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