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PANDEMIA

Há um ano, imunização contra a Covid-19 tinha início no Centro-Serra

Foto: Nathana Redin/Gazeta da Serra

Foi em 20 de janeiro de 2021 que as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 foram aplicadas na região Centro-Serra. No Brasil, a primeira dose foi aplicada em 17 de janeiro. A expectativa em relação a chegada das vacinas era grande.

Em Sobradinho, a primeira imunizada foi a técnica de enfermagem Rubiane da Silva de Oliveira, na época com 26 anos de idade. A primeira dose foi aplicada pela enfermeira Roberta Mota Holzschuh, sob aplausos de autoridades e da equipe do Posto de Saúde Central. O momento se tornou um ato simbólico na esperança por frear o avanço da pandemia.

Rubiane foi a primeira imunizada em Sobradinho. No momento, que se tornou simbólico, estavam presentes a enfermeira que aplicou a dose, Roberta Mota Holzschuh, o prefeito Armando Mayerhofer, vice Ivan trevisan e o então secretário da Saúde, Nilo Wietzke.

Para Rubiane que atuou na linha de frente ao longo destes meses, e agora está vacinada com três doses, o sentimento foi de muita felicidade. “Me sinto feliz e privilegiada de ter sido a primeira a ser vacinada. Até hoje não peguei a doença, mesmo tendo contatos com pessoas positivas”, destaca. A profissional ainda reforça a importância de ter o esquema vacinal completo. “Já fiz as três doses, e aconselho a quem não fez suas doses ainda, a procurarem seus postos de saúde. Proteger a si e aos outros é uma maneira de voltar a viver tranquilamente. Então faça a sua vacina”, reforça.

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Passado este primeiro ano, a imunização foi alcançando cada faixa etária da população, no início de forma mais lenta, de acordo com a distribuição das doses pelos órgãos da saúde, e agora já disponível até a dose de reforço para toda a população acima de 18 anos. Estes devem aguardar quatro meses da imunização com a segunda dose para então realizar o reforço.

Sobradinho aplicou até quarta-feira, 19, pelos dados da Secretaria Estadual da Saúde, 25.781 doses de vacina contra a Covid-19, sendo que 11.486 são referentes à primeira dose e 10.535 da segunda. Doses únicas contabilizam 463. Doses de reforço são 3.290.

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Já nesta semana quem está recebendo a vacina contra a Covid-19 são as crianças de 5 a 11 anos de idade. Em Sobradinho a primeira remessa, com 70 doses, está sendo usada para imunizar crianças com comorbidades ou deficiência permanente, sob agendamento no posto de saúde de referência dos munícipes. No dia da aplicação é necessário levar a carteirinha de vacinação e um comprovante da comorbidade.

De acordo com a enfermeira responsável técnica pela Vigilância Epidemiológica e Imunizações de Sobradinho, Angélica Dallazen, a chegada dos imunizantes era um momento muito aguardado. “Em 2020 já estávamos passando por alguns momentos difíceis. Em 2021 agravou mais ainda. Mas, com a chegada da vacina, se percebeu a importância que ela teve e tem em nossas vidas, tanto que em diversas semanas Sobradinho não registrou casos. Acredito que, estamos sim tendo novos casos, mas em decorrência da vacina as pessoas que estão com o esquema completo relatam sintomas mais brandos da doença. Acredito muito na vacinação, que ela seja efetiva. O calendário nacional de vacinação é há muitos anos importante na vida de todas as pessoas, tanto que muitas doenças são erradicadas no Brasil e no mundo em função das vacinas”, reforça.

Técnica Rubiane e enfermeira Angélica no Posto de Saúde Central de Sobradinho

O avanço da imunização entre a população, segundo Angélica, gerou grande expectativa também entre os profissionais da saúde. “A aplicação de todas as doses gerou um trabalho muito grande para nós, mas é muito gratificante ver que hoje a gente percebe que as coisas estão tomando outro rumo. Acredito que vai ser algo permanente na nossa rotina (a Covid-19), mas que, com a vacinação, a tendência é que ela perca a força, que aos poucos vá desaparecendo da sociedade”, menciona.

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As vacinas contra a Covid-19 buscam frear a contaminação e diminuir a gravidade da doença, mas não impedem por completo que a infecção. “Os cuidados devem seguir. Sempre cito o exemplo da Influenza. Demorou para surgir a vacina e são anos de vacinação, então não se tinha mais tantos casos como os que surgiram entre o fim do ano passado e este. Isso retornou justamente pela baixa cobertura vacinal. Ainda temos doses para vacinar contra a Influenza. Quando não se tem uma imunização efetiva, que a população deixa de lado as imunizações, é quando retornam então as doenças”, enfatiza.

Maior número de casos já registrado

Nesta última segunda-feira, 17, Sobradinho registrou 34 casos positivos para Covid-19. Já na quarta-feira, a Secretaria Municipal da Saúde divulgou 104 novos casos. Havia 162 casos ativos até esta quinta-feira, 20, e uma pessoa hospitalizada.

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Ainda na tarde de terça, falando à Gazeta, o secretário da Saúde, Idelfonso Barbosa expressou preocupação com os números. “Estamos vivendo hoje o pico mais alto da história de Sobradinho durante a pandemia que está conosco desde 2020. Nunca se positivou tanto em um único dia”, declarou. Conforme o secretário, a imunização tem papel importante e espera-se também o enfraquecimento da nova variante.

Com o aumento dos casos da doença, estabeleceu-se a divisão de turnos para aplicação de vacinas e testes nas unidades de saúde a partir desta semana. “Pela manhã serão realizadas as vacinações. Já a parte da tarde será destinada para a realização de testes da Covid-19. A exceção será o Posto de Saúde Central que continuará atendendo normalmente, sem realização de testes. Já as consultas, preferencialmente, serão agendadas pela manhã e preventivos, puericultura e exames de rotina ficam suspensos temporariamente, também como forma de preservar a população”, destacou Barbosa.

A enfermeira Angélica pontua ainda que não há confirmação da presença da variante Ômicron em Sobradinho, mas o aumento expressivo de novos casos e a forma de disseminação são indícios de que a cepa já pode estar no município. Os dados até aqui indicam que a variante contamina de forma muito rápida, mas não produz sintomas tão graves. “Notamos que não há tantas hospitalizações e nem tantos sintomas respiratórios, que atingem mais a questão pulmonar”, detalha, reforçando que as medidas de proteção devem permanecer, como o uso de máscara e distanciamento social.

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