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Helena exonera quatro secretários afastados pela Operação Controle

Operação Controle

Fotos: Banco de Imagens

A Operação Controle, deflagrada pelo Ministério Público para investigar supostas irregularidades em licitações e contratos firmados pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul, teve mais um desdobramento. A prefeita Helena Hermany confirmou a exoneração dos quatro secretários municipais que haviam sido afastados no último dia 14.

Com a decisão recente, perderam a função Edemilson Cunha Severo, que respondia pela Administração, Marcio Farias Martins (Desenvolvimento Econômico e Turismo), Everton Oltramari (Planejamento e Governança), e Valmir José dos Reis (Segurança e Mobilidade Urbana). Segundo informações confirmadas nesse domingo, 26, pela assessoria de comunicação do município, nesta semana Helena deve seguir anunciando nomes para as secretarias que ainda estão com interinos.

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A Operação Controle também resultou no afastamento do vice-prefeito Elstor Desbessell, que respondia pela secretaria da Saúde. Para seu lugar na pasta, a prefeita confirmou na quarta-feira passada Fabiano Dupont, que para isso deixou a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária. “Tenho certeza de que fará um ótimo trabalho e vai dar conta do recado”, afirmou Helena no dia do anúncio.

Com a ida de Dupont para a Saúde, a Habitação ficou com Ângela Saraiva, que até então respondia pela diretoria da pasta. Ela foi substituída pelo então chefe de Divisão de Projetos, Marlon Bairros da Silva.
No dia em que houve a operação, o procurador-geral do Município, Ricardo Scherer, foi designado interinamente para a Secretaria da Saúde. O secretário de Cultura, Marcelo Corá, assumiu de forma provisória a pasta de Desenvolvimento Econômico e Turismo; e o titular do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, César Cechinato, passou a coordenar a Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana.

Além dos secretários, a Operação Controle resultou no afastamento do vereador Henrique Hermany (Progressistas), que exercia a função de líder de governo na Câmara. Em seu lugar, assumiu o suplente do partido Edson Azeredo, que fez 761 votos na eleição de 2020. A função de líder de governo, por sua vez, passou a ser desempenhada pelo vereador Ilário Keller.

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O que disseram

No dia em que o MP deflagrou a operação, Elstor Desbessell convocou a imprensa para falar sobre o caso. Ele contou que seu afastamento se deu pelo fato de ter atuado como titular da Secretaria de Planejamento; assim, não teve relação com a atividade que desempenhava até então, na Saúde.

Com 38 anos de serviço público, Desbessell lamentou o ocorrido e a repercussão que vai causar na carreira dos afastados. No entanto, salientou acreditar que, após a conclusão dos trabalhos, vai sair fortalecido politicamente. Sua defesa é desempenhada pelo advogado Cássio Arend.

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O vereador Henrique Hermany, filho da prefeita, e afastado da Câmara por 180 dias, também disse em coletiva de imprensa que vai acompanhar o devido processo legal. “Não foi encontrado nenhum tipo de documento que estava sendo procurado. Foi apreendido o meu telefone celular”, afirmou.

Ainda ressaltou que seu vínculo profissional, enquanto advogado, com uma das empresas investigadas começou antes mesmo de ter sido eleito. Hermany salientou que atuava somente em situações que não envolviam a comarca de Santa Cruz do Sul.

Para entender a Operação Controle

A Operação Controle foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco) no dia 14 de novembro. A ação teve como objetivo apurar possíveis irregularidades em licitações pela Prefeitura para obras, como a duplicação da BR-471 e reforma da pista do Autódromo Internacional, além de contratos de aluguéis realizados pelo município. Os investigadores informaram que os prejuízos poderiam alcançar R$ 47 milhões para os cofres públicos. Todos os afastados são suspeitos de envolvimento nas situações investigadas.

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Foram cumpridas 139 ordens judiciais. Ao todo, foram expedidos 46 mandados de busca e apreensão. Houve bloqueios de bens e valores que ultrapassam os R$ 47 milhões, pagamento de fianças de aproximadamente R$ 1,4 milhão, indisponibilidade de 28 veículos e três embarcações, sequestro de dez imóveis, afastamento das funções públicas de dez agentes e proibição a seis empresas de contratarem com o poder público, entre outras medidas.

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No dia em que as buscas foram realizadas, o coordenador do 8º Núcleo do Gaeco/Central, promotor João Beltrame, afirmou que não houve no período de investigação (que completou um ano e meio) qualquer indício de participação da prefeita Helena Hermany nos fatos sob suspeita. “Em nenhum momento a gente teve a participação da prefeita Helena, como participante, conivente ou qualquer tipo de atuação nesses crimes”, afirmou Beltrame à Gazeta do Sul. Em coletiva, ela reforçou que mantém uma rotina de reuniões com suas equipes para verificar os projetos e licitações e que confia nos profissionais do Município.

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