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cobertura jornalística

Dejair Machado: “Governos prometeram, entidades se mobilizaram, mas o clima é implacável”

Esta edição da Gazeta do Sul não deveria estar chegando a você, leitor. Havia um planejamento de circulação conjunta do jornal, como constou no aviso de capa dessa quarta-feira, 18. Mas a programação mudou.

Diante do cenário alarmante que começou a ganhar forma na terça-feira, 17, seria no mínimo irresponsável deixar de trazer um jornal com os principais acontecimentos deste momento em que famílias enfrentam o desespero mais uma vez. Estamos perante um quadro desafiador em todos os sentidos e devemos fazer nossa parte enquanto veículo de comunicação. Aliás, nas últimas horas todos da Gazeta se mobilizaram de uma forma ou de outra. As equipes de jornalismo do impresso, do Portal Gaz e das rádios acompanharam de perto, ao vivo, os principais acontecimentos. Na madrugada dessa quarta-feira e nas horas seguintes, trouxemos os relatos de cenas impressionantes. Mostramos como estão as operações de suporte aos desabrigados e atualizamos em tempo real em todas as plataformas o noticiário deste episódio que faz lembrar a catástrofe de 2024.

As equipes de reportagem viram, em meio à dor e ao sofrimento da comunidade, o quão frágil somos. Por mais que há um ano todos os discursos fossem no sentido de mitigar acontecimentos do gênero, o que se fez foi ainda pouco. Governos prometeram, entidades se mobilizaram, projetos ganharam forma, mas o clima é implacável. Não deu tempo, talvez, de colocar todos os planos em prática e mais uma vez a tensão toma conta de todos. Afinal, ninguém é ingênuo a ponto de achar que em meses seria possível corrigir estragos causados ao longo de anos de devastação de matas, impermeabilização de solos e acúmulo de lixo.

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Tivemos, novamente, um aviso da natureza. Ainda é cedo para saber quais serão as proporções deste episódio, que já tirou vidas, bloqueou estradas e obrigou famílias a buscarem abrigo após verem suas casas tomadas pela água.

O que sabemos é que seguiremos acompanhando o que acontece, mostrando o que foi ou não colocado em prática como forma de prevenir tanto sofrimento. Ações pontuais e campanhas para arrecadação de donativos são necessárias, urgentes e louváveis para atender as situações de maior urgência. Mas também é inegável que pensar meio ambiente, investimentos em infraestrutura e estratégias de prevenção é fundamental e deve ser feito por quem entende. É uma questão que vai além do discurso raso ou suposições. Estamos falando de vidas ameaçadas, de riscos de prejuízos para a economia e para a sociedade de um modo geral. E neste contexto o jornalismo sério e comprometido como o que fazemos há 80 anos é um importante aliado para fomentar debates e reflexões.

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