Quase três meses depois de ver o idealizador de todas as unidades de negócio da Kopp ser preso por suspeita de envolvimento em um esquema fraudulento em Santa Catarina, a rotina da Kopp Tecnologia segue intensa e praticamente inalterada. O clima de incerteza foi dizimado após a soltura de Eliseu Kopp, ocorrida em dezembro. Hoje, o ritmo de produção – e sobretudo criação – continua movendo com pujância uma das empresas mais importantes para a economia regional.

Nesta semana, a Kopp Tecnologia, braço forte das unidades de negócio criadas pelo empresário Eliseu Kopp, abriu suas portas para a Gazeta do Sul. Em um passeio guiado pelos funcionários, fica nítida a importância de Eliseu para a empresa e a relevância do trabalho de criação e inovação, sobretudo com foco no trânsito. “Desenvolvemos tecnologias para aumentar a segurança nas ruas e estradas através dos nossos produtos”, explica o diretor Alex Vitalis.

O discurso se transforma em prática nos diversos setores que lidam com o desenvolvimento de novas tecnologias. O dinamismo é o “pulo do gato” que levou a Kopp a vender lombadas, radares fixos e móveis e painéis rodoviários, dentre outras criações, para mais de dez estados brasileiros e o Distrito Federal. “Trabalhamos com clientes que têm necessidades específicas. E como desenvolvemos nossos produtos, desde a concepção da ideia até a execução, podemos fazer ajustes que são fundamentais e facilitam muito o trabalho”, afirma Rafael de Lima, supervisor Operacional da Kopp Tecnologia.

Um exemplo das possibilidades oferecidas pelos produtos é o novo radar móvel que já está em ação em algumas cidades brasileiras. Diferente dos tradicionais, que precisam ser apontados pelos policiais rodoviários, permitindo apenas a fiscalização de alguns veículos, este capta a velocidade e demais informações relevantes da rodovia estando instalado em um tripé em algum ponto específico do trecho. “Ele registra todos que passam. Além disso, transmite as informações para um tablet, que pode ser acessado pelo policial a distância. Facilita o trabalho”, diz Lima.