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Leitura, escrita e muito repertório: as redações “quase mil” do ENEM

Foto: Arquivo Pessoal

Alice e Maira obtiveram, respectivamente, 980 e 960 pontos na redação

Volta às aulas, início de novos ciclos, programação para as próximas fases. Ao chegar ao fim do ensino médio, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma das oportunidade para os jovens ingressarem em instituições de ensino superior no Brasil e também no exterior. Na última edição, as provas foram aplicadas em 21 e 28 de novembro de 2021, e as notas, tão aguardadas pelos estudantes, foram disponibilizadas pelo INEP na noite de 9 de fevereiro. Para além da preparação com as questões relativas a Linguagens e códigos, Ciências Humanas, Natureza e Matemática, os candidatos deste ano tiveram como tema da redação “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”.

Para muitos estudantes, a redação é uma das etapas que costuma gerar maior ansiedade, uma vez que o tema é conhecido apenas na hora da aplicação. Para as sobradinhenses Alice Wachholz Dal Ri e Maira Bertó Puntel, ambas de 18 anos, ex-alunos da E.E.E.B. Pe. Benjamim Copetti, o tema até gerou certa preocupação, mas as horas dedicadas à leitura e escrita e o repertório variado, contribuíram para que elas batessem na ‘trave’ da nota máxima. Alice somou 980 pontos e Maira 960 – 1000 é o máximo. Segundo as jovens, o gosto pela leitura desde a infância e as diversas redações escritas ao longo do último ano, como forma de treino, auxiliaram na preparação. Ter o incentivo dos professores e também dos familiares, influenciou para que alcançassem estes resultados.

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Para a mãe de Alice, a professora Sara Wachholz, toda a vivência ao longo dos anos e as construções através do ensino, formam uma base para os resultados que serão alcançados no futuro. “Desde pequena, sempre teve contato com os livros, cresceu conosco – os pais – sempre estudando”, enfatiza Sara. Alice, que diz ser bastante observadora e curiosa, salienta que a rede de apoio e o exemplo também foram influências para motivar os estudos, mas, que, para além de ter disciplina é fundamental conciliar tempo para o lazer. Quando aluna do 2º ano, Alice realizou a prova do ENEM como treineira e tirou 720 pontos na redação, ampliando então o foco no 3º ano.

Para a jovem, o tema da redação deste ano foi uma surpresa, por ser um assunto que lhe pareceu um pouco distante do ensino médio. “É um problema muito complexo, difícil de expressar uma solução em 30 linhas, mas é necessário argumentos, identificar a causa do problema e como resolvê-lo”. Uma das formas de estudar foi ler as redações que tiveram nota mil em anos anteriores e, um mês antes da prova, realizou um curso on-line, com a produção de duas redações por semana e retorno com correções. “A redação também é fórmula. Ela segue uma estrutura. Tem estratégia de abertura, repertório, embasamento dos argumentos e a necessidade de uma proposta de intervenção”, destaca Alice. “Falta pouco para chegar onde quero. Esta nota já me motivou muito, fiquei muito feliz”. Em função de ficarem certas lacunas no ensino remoto, a jovem destaca que continuará estudando em 2022 para alcançar a sonhada vaga em Medicina em uma universidade federal.

Já Maira, que deseja cursar Medicina Veterinária, na primeira vez que fez o ENEM, apenas como treineira, a nota da redação ficou abaixo de 400. “Comecei a me interessar mais e também ingressei em um cursinho. Minhas primeiras redações ficavam em torno de 500 a 600 pontos. Fui evoluindo, aprendendo as técnicas, me dedicando cada vez mais e as notas foram aumentando. Nos últimos meses antes do ENEM, escrevia três redações por semana e buscava diferentes temas na internet, além de apostilas. Assim se vai criando repertório e a própria maneira de escrever, o que facilita independente do tema que aparecer”, acrescenta ela, que já se inscreveu no SISU.

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Ambas incentivam quem vai fazer a prova a estar sempre antenado, ler e treinar com diferentes temas e manter a calma para recordar as técnicas aprendidas. Para a professora de Português e Redação da Oficina do Estudo, Roseclei Sanchotene, a dica principal é ter conhecimento de assuntos “de mundo”, viver o dia a dia, ler jornais e revistas, discutir assuntos atuais, saber dizer o porquê da opinião. “Depois disso, é necessário ter uma ideia clara do que é um gênero dissertativo-argumentativo, pois a gente só consegue escrever conforme o que é exigido para 1000 se isso é compreendido. E em terceiro lugar é que o aluno precisa ter muito claro quais as competências que são avaliadas. A redação é uma soma de cinco competências, cada uma valendo 200. Se o aluno domina cada uma delas, vai bem sempre”, explica a docente, que também enfatiza a importância do treino e da bagagem de conhecimentos gerais.

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