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novos paradigmas

Mãe e miss, por que não?

A maior e mais tradicional franquia de concurso de beleza do mundo chega, neste ano, à 72ª edição quebrando seu maior tabu: mães, grávidas, mulheres casadas e divorciadas agora podem participar do Miss Universo. A novidade foi anunciada em agosto de 2022 e vale para todas as etapas que antecedem a mundial.

Nos últimos 70 anos, possivelmente muitas jovens interessadas em participar das eliminatórias foram vetadas pelas regras rígidas quanto ao estado civil e à maternidade. Mas, com a transformação histórica, Vitória de Brito Likoski e Natália Suyan voltaram a sonhar com a faixa de Miss Universo Rio Grande do Sul. Elas, que pensavam ter encerrado as experiências neste tipo de disputa, retornam às passarelas como as primeiras mães gaúchas em busca da coroa que representa o Estado na competição nacional.

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O gosto pela moda iniciou na infância, quando assistia a desfiles na TV. Ainda pré-adolescente, Vitória de Brito Likoski ingressou em uma escola preparatória de modelos, em Taquara. Aos 13 anos, recebeu o primeiro convite para um concurso e conquistou o primeiro lugar no Musa das Estações Teen. Também recebeu a faixa de primeiro lugar no Beleza Verão RS e no concurso A Mais Bela Gaúcha, além de outras disputas.

Em 2016 veio a maternidade, deixando o grande sonho do Miss Universo RS adormecido. “Virei mãe, casei e as regras do concurso sempre foram muito claras: proibido para mães, casadas e divorciadas”, lembra. A revisão das regras resgatou a vontade da jovem, que sabia que poderia enfrentar resistências. Mãe de Pedro e de Luísa, de 7 e 2 anos, ser a primeira candidata a carregar a experiência da maternidade no currículo de Miss exigiu coragem. “Ainda tem alguns que dizem que mãe tem que ficar em casa cuidando dos filhos, mas é aquela ideia machista, ultrapassada”, considera.

Vitória é mãe de Luísa e Pedro, de 2 e 7 anos

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Os questionamentos surgem especialmente nas redes sociais. “Fico um pouco triste, mas sei do meu potencial e do meu propósito de dar voz para mulheres, em especial às que são mães, que por muitas vezes acabam sendo diminuídas”, afirma a jovem de 24 anos, que também é casada. Para ela, concorrer enquanto mãe dá mais confiança. “Ser mãe ou ser casada não é empecilho para nenhuma mulher. Pelo contrário, nos dá mais força por tudo com o que a gente tem que lidar, o parto, a amamentação, a criação de um ser humano. Eu me sinto pronta para qualquer coisa.”

A miss que amamenta

A filha Ísis não tinha um mês ainda quando Natália Suyan, de 23 anos, começou a receber mensagens de amigos: “Olha só, agora tu podes voltar a participar do concurso”, referindo-se à flexibilização do Miss Universo para as mães. Com uma recém-nascida no colo, não se precipitou em tomar a decisão em agosto do ano passado. Também não esconde o sentimento de que a mudança ter ocorrido bem no período em que a filha nasceu parecia um sinal para não desistir de sua paixão. “É algo que eu acreditava que algum dia ia mudar, que nós íamos quebrar esse tabu. Então, quando saiu a regra justamente no ano em que eu fui mãe, foi algo inacreditável”, celebra a Miss Torres.

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Natália já foi Miss Porto Alegre, em 2018; Miss Canoas no ano seguinte; e foi coroada Miss Latina RS em 2021. Ela entende que a participação no Miss Universo RS neste momento é simbólica. “Vou participar de um concurso de beleza sendo mãe de uma bebê de nove meses e amamentando. Vou levar minha bombinha para tirar leite e depois de noite o pessoal lá de casa vai dar para ela”, conta, orgulhosa. A jovem também deseja que a representatividade motive futuras candidatas. “Por ser mãe e por ser negra, quero levantar bem forte estas bandeiras”.

A escolha

A escolha da próxima Miss Universo RS será no próximo sábado, 6, em Canoas. Além das duas mães, também se beneficia da flexibilização nas regras a candidata Andrieli Rozin, de São Lourenço do Sul, que é casada. Pela primeira vez, o concurso também terá uma mulher transgênero participando: Bethina Marcante, Miss São Borja. Ao todo, são 24 jovens que disputam a coroa e Santa Cruz do Sul estará representada. Quem levará a faixa do município é Amanda Beckenkamp, de 27 anos. A santa-cruzense foi princesa da 36ª Oktoberfest, além de acumular outros títulos.

Amanda Beckenkamp já foi princesa da Oktoberfest e agora representa Santa Cruz do Sul no Miss Universo RS | Foto: Reprodução/Facebook

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