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DA TERRA E DA GENTE

Manter o riso

De supetão, ao final de mais um encontro da nossa Academia de Letras de Santa Cruz do Sul, o querido colega Mauro Klafke, da não tão próxima Gramado Xavier, mas sempre presente, me dirige uma recomendação definitiva: “Nunca perca essa tua risada!”. Algo que me acompanha por natureza, tanto que nem me dou conta, parece que faz bem às pessoas, e certamente a mim também. Assim que só cabe, ao me deleitar agora na leitura do seu belo livro de contos Apenas um jogo, renovar o ímpeto do riso que, em meio a assuntos mais sérios, também e não poucas vezes é provocado pela própria publicação.

Mesmo que o mundo e muita gente não contribuam, insistindo com guerras e brigas sem sentido, não devo perder o riso, que pode trazer a paz. Ainda que a todo momento nos confrontemos com notícias tristes, não posso perder a esperança e deixar de sorrir. Mesmo que, pelas ruas das caminhadas, muitas pessoas andem com as caras fechadas, às vezes ainda mais enigmáticas atrás de lentes escuras, não deixo de expressar a alegria de saudá-las, se pelo menos um resto do olhar vem em minha direção.

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Apesar de tantos sofrimentos que abalam a tantos, é possível trazer conforto no sorriso que vai ao seu encontro. Embora tantas preocupações assolem a vida de todos, elas podem ser amenizadas ao se depararem com rostos alegres e receptivos. A despeito de tantos se levarem a sério demais, uma evocação mais leve e sorridente sempre poderá desconcertá-los, a ponto de reduzir o peso mental e espiritual. Não obstante tantas questões nos induzam à repulsa e até ao ódio, não podemos perder a dimensão do amor e da alegria, que é superior a tudo.

De outro lado e apesar de tudo, há ainda e sempre haverá muitas razões para sorrir, ao ver gestos de natural solidariedade, de acolhimento sincero, de emoções puras, que, em meio ao mundo cruel, se fazem presentes. Existem motivos fortes para expressar alegria diante da espontaneidade das crianças e da amizade desinteressada de quem sabe ser generoso e grato ao mesmo tempo. E pode-se rir com lágrimas, ao chorar de emoção em momentos que nos sensibilizam, na música, no canto, na oração, no abraço, na boa lembrança, sem vergonha de deixar fluir os sentimentos.

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Renova-se ainda mais a manifestação de alegria quando, no mês dedicado à saúde dos homens, de modo geral ainda muito refratários a tais exames, é possível conferir que a firme disposição de se auxiliar na busca da boa forma física, sem exageros, traz resultados e preserva o ânimo de viver e sorrir. Por certo, até o riso franco e natural soma pontos na manutenção de um organismo mais saudável, levando em conta a real possibilidade de contribuir para a superação, ou pelo menos suavização, das dificuldades e adversidades que fazem parte da vida de cada um.

Poder transmitir esta experiência gratifica, na expectativa de que venha a ser útil para mais pessoas, à medida em que consigam também criar um ambiente próprio mais favorável à paz e à alegria, e menos propenso às ansiedades e angústias tão dominantes. No âmbito pessoal, com o estímulo recebido, haverei de seguir reanimado neste caminho e levar ao pé da letra o apelo do colega das letras, achando (ou não) motivos para rir, e desejando todo bem (ou tudo Benno!) a todos.

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