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ZÉ BOROWSKY

Memória: as viagens do comandante Simonis

Simonis (1º à esquerda) com a tripulação: piloto, copiloto, radiotelegrafista e mecânico | Foto: Arquivo Sandra Richter

Há poucos dias, lembramos da relação da Viação Aérea Rio-grandense (Varig), criada em 1927, com Santa Cruz. A aproximação se deu através do fundador Otto Meyer com os descendentes de alemães que moravam na cidade, e do santa-cruzense Harry Schuetz, ex-presidente da empresa. Um dos pilotos que fez carreira na Varig foi o santa-cruzense Adalberto Simonis (1925-1984). Zagueiro do EC Avenida, tinha o apelido de Crista, e ingressou no Aeroclube Santa Cruz, onde logo passou a instrutor de voo. Depois, foi instrutor em Erechim.

Adalberto iniciou a carreira no aeroclube, que ficava perto da atual Metalúrgica Mor | Foto: Arquivo Sandra Richter

Em 1944, foi convocado para as tropas que iriam para a guerra na Itália. Com experiência na aviação, foi designado para a Força Aérea Brasileira (FAB). Pouco antes do embarque, a guerra acabou, em agosto de 1945. Em 1948, tornou-se piloto da Varig. Seis anos depois, já era comandante de voos nacionais e internacionais.

A filha Sandra Richter conta que um dos voos marcantes foi em 1964, quando a Varig devolveu os jatos Caravelle para a França. Como não havia passageiros, a tripulação pôde levar as esposas, que ficaram uma semana em Paris. Recorda que o pai, além de piloto, era um conhecedor da mecânica dos aviões como o Douglas DC-3, o Electra, o Caravelle e outros. O que mais gostava de pilotar era o Super-Constellation, que fazia a rota para os Estados Unidos.

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Uma das etapas marcantes da carreira dele foi durante a construção da nova capital do país. As viagens do Rio de Janeiro a Brasília eram constantes. Tudo seguia de avião, desde materiais de construção até animais domésticos, como porcos e galinhas. Simonis fazia questão de pilotar os cargueiros e chegou a conduzir o presidente Juscelino Kubitscheck na cabine.

Sandra frisa que o pai contava muitas histórias sobre as viagens. Mas sempre dizia que gostava mesmo era de Santa Cruz. Quando deixou a Varig, por volta de 1986, tornou-se sócio da Tasul (táxis aéreos) e vinha seguido à cidade reencontrar os amigos.

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