A devoção a São João Batista, cujo nascimento é comemorado em 24 de junho, está presente na história de Santa Cruz desde o tempo em que o município era freguesia de Rio Pardo. Por ser um dos quatro primeiros municípios do Rio Grande do Sul, o território rio-pardense era enorme. Dentro dele, ficava a freguesia, uma área descampada que hoje forma o nosso município.
Com a demarcação dos lotes que receberam os primeiros imigrantes alemães em 1849, veio a homenagem inicial ao santo: a região passou a ser chamada de Colônia de São João de Santa Cruz. Com a definição da área da futura povoação (Centro atual), em 1855 o governo da Província lançou a concorrência para construção de uma capela católica que seria denominada São João Batista.
A obra sofreu percalços e só foi inaugurada em 1863. Em reverência àquele que a Bíblia aponta como responsável pelo batismo de Cristo no Rio Jordão, a bênção inaugural ocorreu em 24 de junho, no dia em que se comemora o nascimento de São João. Em 1878, a povoação ganhou outro status: Vila de São João de Santa Cruz. Esse nome foi mantido até novembro de 1905, quando surgiu a Cidade de Santa Cruz.
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Em 1939, a antiga capela deu lugar à majestosa Igreja Matriz São João Batista (hoje Catedral São João Batista). O santo, que conforme a Bíblia era primo segundo e seis meses mais velho que Jesus, também é homenageado de outros maneiras. Temos, por exemplo, o Seminário São João Batista, o Bairro São João, o Arroio São João e a Linha São João. Desde 1996, a Lei 2896 declara São João Batista como padroeiro de Santa Cruz do Sul.
No passado, o Dia de São João tinha muitas comemorações. A Catedral realizava quermesse e, em vários pontos da cidade, as fogueiras reuniam os moradores. Os colégios também promoviam festejos. No São Luís, com orientação do irmão Anton (Bruder Anton), eram soltos enormes balões que voavam sobre a cidade até a queima da parafina, combustível usado para aquecer o ar dentro do artefato.
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