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SAÚDE FEMININA

Menarca: a transformação do corpo feminino

É importante o acompanhamento periódico com ginecologista

A primeira menstruação, também conhecida como menarca, é o início do amadurecimento do corpo de pessoas que menstruam. Em geral, a menarca ocorre entre os 10 e os 14 anos, mas esses parâmetros dependem de uma série de fatores, como hormônios, histórico menstrual das mulheres da família e estilo de vida, entre outros.

Com a chegada da pré-adolescência, muitas meninas ficam na expectativa de passar pelo “ritual” e se igualar às demais colegas que já passaram pelo momento. Conforme a ginecologista Priscilla Emmel, existem indicativos de que essa transição esteja chegando. “Avaliamos a partir dos Estágios de Tanner. Observamos os seios, tanto formato quanto tamanho, além dos pelos axilares e pubianos. São cinco estágios: quando a menina chega ao quinto, ela está pronta e pode acontecer a qualquer momento.”

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Apesar de a sociedade médica divergir bastante quanto à idade “normal”, a menarca tem acontecido
cada vez mais cedo. “A média fica entre 8 e 14 anos’’, explica a ginecologista. E, segundo Priscilla, não tem nada de errado em menstruar cedo, desde que a menina passe pelos estágios da puberdade.

Quem está se aproximando desse período deve adotar uma postura consciente sobre essa transformação do corpo. “A principal preparação é a conversa e a orientação. Saber o que é, o que vai mudar. Quando de fato acontecer, a menina saberá pelo momento que está passando.” O conselho às mães é que levem as filhas adolescentes ao consultório para orientação profissional.

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Alterações físicas e hormonais; entenda o que é normal

Uma das principais mudanças que ocorrem são as alterações hormonais. “Isso acaba mexendo muito com o nosso emocional, por isso temos a famosa TPM (tensão pré-menstrual)”, salienta Priscilla. Assim como na gestação, os níveis hormonais se alteram; acontecem diferenças no humor, no bem-estar e em outros aspectos. “O ciclo menstrual rege toda a vida da mulher, influencia em tudo, desde a produtividade no trabalho ou na escola até como está se sentindo no dia a dia.”

Entre os sintomas físicos mais comuns da TPM estão edema das mamas, dor de cabeça, cólicas na lombar e no ventre, inchaço na barriga. Mas é necessário ficar atento aos sinais do corpo: a partir do momento em que as manifestações se tornam um empecilho, é preciso buscar ajuda profissional.

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O primeiro ano da menstruação não pode ser considerado uma base para ditar o fluxo, a duração e os sintomas. “Às vezes, a menstruação pode vir duas vezes ao mês, e pode ficar três ou quatro meses sem vir. Pode ser que haja um fluxo muito forte ou acontece de vir quase nada.” Segundo a ginecologista, essas variações ocorrem por causa do eixo central que controla nossa produção hormonal. “O eixo hipotálamohipófise. O hipotálamo produz o hormônio que vai controlar tudo isso e a hipófise vai controlar os ovários. Mas é tudo muito novo e imaturo, por isso acontecem essas variações. Mas,
com o tempo, tendem a se regular.”

O ciclo menstrual como um todo é complexo e acompanha a nós, mulheres, durante grande parte de nossas vidas. Portanto, exige atenção e autoconhecimento, além de acompanhamento periódico com ginecologista.

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Métodos contraceptivos

A partir da primeira menstruação, o corpo entende que pode gerar uma criança. Apesar de o eixo que controla a ovulação ainda estar em amadurecimento, existe chance de gravidez.

Entretanto, só é necessário utilizar algum método contraceptivo como pílula anticoncepcional em duas situações. “Se houver sangramento intenso, que pode causar anemia, ou cólicas muito fortes, que atrapalhem os afazeres do dia. Fazemos uma avaliação para tentar regular esses sintomas. Além disso, o uso do contraceptivo pode ser introduzido apenas quando a adolescente inicia a vida sexual.”

A educação sexual deve fazer parte desde cedo da vida das crianças. Esclarecer sobre assuntos relacionados, tanto para meninas quanto para meninos, é fundamental. Na pré-adolescência ou na adolescência, é importante desenvolver o assunto, mas a médica adverte que não existe momento
ideal, pois deve ser observado caso a caso. “Quando a menina estiver mais interessada e topar conversar sobre isso”, explica a ginecologista.

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