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Crime

Moradores reclamam dos furtos de fios no Higienópolis

Foto: Alencar da Rosa

Apenas luzes de residências iluminam a Rua Capitão Pedro Werlang, no Higienópolis

Uma recente sequência de furtos de fios de cobre vem preocupando moradores do Bairro Higienópolis, em Santa Cruz do Sul. Segundo eles, há pelo menos três meses os ladrões começaram a arrancar cabos de energia elétrica dos postes de iluminação pública, deixando completamente às escuras ruas como a Capitão Pedro Werlang – via onde fica o Parque da Gruta, que liga o bairro ao Centro e é bastante utilizada para corridas e caminhadas.

Morador da rua há mais de 20 anos, Roberto Gruendling conta que nunca viu uma situação como essa, com furtos constantes. “Aqui dentro de casa, estou seguro, mas até tu chegares na residência, sair do teu carro e entrar é uma escuridão total, não se poder ver quem está por perto”, disse o morador, de 70 anos. Segundo ele, muitas pessoas que faziam exercícios de caminhada e corrida na Capitão Pedro Werlang e ruas próximas têm evitado as atividades no local, pois têm medo de possíveis abordagens criminosas.

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As ruas Cuiabá, Irmão Danilo, Horizontina e Egon Francisco Knak, todas no Higienópolis, também registraram furtos. Com um valor elevado no mercado clandestino, não é novidade que o cobre seja alvo de ladrões. Recentemente, no entanto, os furtos de fios elétricos têm aumentado, impulsionados pela escassez do metal e pela crise econômica.

Os alvos costumam ser escolas, instituições e empresas. Em um dos casos mais recentes, a loja Havan de Santa Cruz do Sul teve toda a fiação dos 13 postes de iluminação do estacionamento do estabelecimento avariada por ladrões.

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Suspeitos normalmente são liberados

Ciente dos casos nas ruas de Santa Cruz do Sul, a Prefeitura busca solucionar a falta de luz nos lugares afetados. De acordo com o diretor de Segurança, Estor Jochims, a equipe da secretaria está mobilizada para fazer a reposição do cabeamento ao longo dos próximos dias.

As forças de segurança vêm trabalhando para conter a ação criminosa. Porém, embora tenham ocorrido prisões recentemente por furtos de fios, na maioria dos casos os suspeitos são liberados. O motivo é que ainda vigora a recomendação de que em crimes nos quais não há violência os autores respondam em liberdade, por causa da pandemia.

No último dia 9, a Guarda Municipal (GM) flagrou a ação de um homem de 33 anos nas imediações do Acesso Grasel. Quando abordado, o suspeito já estava com o material deteriorado, queimando as emendas arrebentadas para poder retirar os fios de cobre. Em outra ação recente da GM, no dia 21 de abril, um homem de 37 anos foi detido após fazer a receptação de peças, estas de ferro, no Bairro Faxinal Menino Deus.

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No dia 13 do mês passado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu um santa-cruzense de 45 anos no acostamento da BR-158, em Santa Maria. Ele estava cavando para furtar cabos de energia elétrica. Em todos os casos, os autores foram liberados.

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Alto valor no mercado

O cobre tem excelente condução elétrica e é normalmente utilizado em computadores, condicionadores de ar, telefones celulares e até em veículos. Já em grande escala, ele é encontrado em redes de iluminação. A prática do furto de fios é comum há anos, porém, a alta do dólar potencializou esse tipo de crime. O metal chegou a ter um aumento acima de 70% em seu preço ao longo do último ano.

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É um reflexo da pandemia em países como Chile e Peru, responsáveis por cerca de 40% da produção mundial. O preço do quilo varia atualmente de R$ 33,00 a R$ 36,00.

O fato é que esse crime causa transtornos à comunidade em geral, que vão desde a falta de energia e interrupção de serviços de telefonia e internet até a desordem no trânsito, em decorrência da falta de iluminação pública e falhas nos semáforos.

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