Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), indiciou por feminicídio o homem de 41 anos que era namorado de Lediani Cristina Padilha, 27 anos. Ela foi encontrada morta no dia 9 de junho, em um arroio na localidade de Rio Pequeno, interior de Sinimbu. O inquérito foi concluído nessa terça-feira, 19, e remetido ao Poder Judiciário.
Segundo a delegada Raquel Schneider, que comandou as investigações, o indiciamento ocorreu com base em provas obtidas durante a investigação. Ela confirmou que um homem de 48 anos, que é familiar do namorado e trabalha como caseiro na propriedade do indiciado em Paredão Pires, interior de Venâncio Aires, foi arrolado como testemunha.
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O namorado da vítima e o caseiro estavam em prisão temporária e foram soltos no ultimo dia 13 pela Justiça, em decisão assinada pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz do Sul. A magistrada indeferiu o pedido de conversão da prisão do namorado – de temporária para preventiva – por falta de preenchimento de alguns requisitos legais. A juíza referiu, com base no relatório de investigação da Polícia Civil, por intermédio da Deam, que há “elementos significativos quanto à existência de feminicídio, ocorrido ainda em circunstâncias não devidamente esclarecidas”. Os dois homens seguirão respondendo ao processo em liberdade.
Lediani desapareceu no dia 25 de maio após sair de casa em Alto Paredão, no interior de Santa Cruz, na companhia do namorado de 41 anos, com quem estava se relacionando havia três meses. Como ela não retornou para casa, a avó registrou o desaparecimento no dia 5 de junho, na Delegacia de Polícia de Boqueirão do Leão.
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O caso chegou ao conhecimento da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, que passou a fazer buscas pela desaparecida. Em 9 de junho, quando realizavam diligências em Alto Paredão e região, os policiais civis foram informados sobre a localização do cadáver de uma mulher dentro do arroio na localidade de Rio Pequeno, já em avançado estado de decomposição. Foi confirmado que era da mulher desaparecida.

A Deam intensificou as investigações e, no dia 16 de junho, realizou as prisões temporárias do namorado da vítima e do caseiro. As investigações apontavam que os dois homens teriam sido as últimas pessoas a serem vistas com a mulher antes de ela sumir. Em depoimento à Polícia Civil, o namorado negou a autoria do crime e disse não saber nada sobre o desaparecimento de Lediani.
Em depoimento, testemunhas apresentaram versões contraditórias ao relato do homem e confirmaram que ele e o caseiro haviam sido as últimas pessoas a serem vistas com a vítima. O laudo da perícia no corpo apresentou resultado inconclusivo para a causa da morte.
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