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MEMÓRIA

Nos anos 1960, bandas animavam bailes na região sem equipamentos elétricos

O Jazz Real, de Monte Alverne, foi fundado em 1961 e era um dos mais requisitados | Fotos: Arquivo de Arnildo Assmann

Uma das características das regiões de colonização alemã sempre foi o gosto pela música. Em muitas comunidades, existiam conjuntos (ou bandas) que tocavam bailes, casamentos, encontros de sociedades, quermesses e festas de Kerb. Com salões iluminados por lampiões, as bandas animavam o público sem o uso de recursos como microfones e caixas de som elétricas.

No início dos anos de 1960, surgiu em Monte Alverne, distrito de Santa Cruz, a conhecida banda Jazz Real, fundada por Emílio Assmann. Algum tempo depois, ele mudou-se para Santa Catarina e quem assumiu a regência foi seu primo Arnildo Assmann. O grupo tinha oito integrantes: Elmo Rabuske (IM), Lauro Weiss, Arnildo Assmann, Ornélio Bartholdi (IM), Astor Bartholdi (IM), Edmundo Weiss (IM), Beno Soder (IM) e João Soder Filho (IM).

A banda contava com dois saxofones, dois trompetes, trombone, rabecão, gaita e bateria. Na época, existiam duas bandas na região de Monte Alverne e a Real estava sempre com o pé na estrada. As viagens eram com a Kombi de Serafim Reis (IM), de 4ª Linha Nova Baixa.

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A Kombi de Serafim Reis conduzia os músicos do Real, garantindo a boa música

Os bailes costumavam ocorrer nas noites de domingo e as festas de casamento eram realizadas de segunda a sexta, de dia. Os Kerb duravam três dias, culminando no dia de reverenciar o santo padroeiro (ou padroeira) da comunidade.

O Real, que por muitos anos dividiu os palcos com o Jazz Brasil, de Centro Linha Brasil (Venâncio Aires), encerrou as atividades no início de 1970. Mas, naquele mesmo ano, Arnildo agregou novos músicos e fundou o conjunto Universal, que depois deu lugar ao RevelaSom. Este permaneceu alegrando o público até os anos 2000. 

Arnildo Assmann dedicou 45 anos de sua vida à música. Integrou a banda do quartel, em 1961, e foi baterista e saxofonista da Banda Municipal de Venâncio Aires. Hoje com 80 anos, é agricultor em Linha Araçá. Mas guarda muitas e boas histórias dos bailes e viagens pelo interior de Santa Cruz, Venâncio Aires e outras localidades.

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Colaborou: Placio Simianer

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