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POLÊMICA

Nova audiência sobre o Santuário de Schoenstatt ocorre em fevereiro

Foto: Rodrigo Assmann

Um novo capítulo sobre a transferência de local do Santuário de Schoenstatt acontecerá no dia 11 de fevereiro, quando o Ministério Público realiza uma audiência entre o Município de Santa Cruz do Sul e representantes do Instituto Secular das Irmãs de Maria, responsável pelo Santuário, construído junto à BR-471 em 1977. A intenção é buscar estabelecer um acordo entre as partes interessadas.

Alegando falta de segurança para as moradoras do local, desde 2018 a instituição religiosa demonstra interesse em deixar o imóvel no Bairro Santuário. No ano passado, a capela e a estátua do Padre José Kentenich, fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt, foram realocadas para o Centro, em uma residência situada na Rua Thomaz Flores, 759.

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A intenção das religiosas é sair de um lugar afastado da zona central e realocar as Irmãs que viviam no Santuário de Schoenstatt, construído em um terreno de 29,5 hectares. Ainda de acordo com as Irmãs de Maria, a mudança para o Centro possibilita maior facilidade de acesso para o público em geral. O objetivo inicial era vender o terreno, avaliado em cerca de R$ 1 milhão, desmontar a capela e remontar a estrutura em um novo santuário.

Como o espaço havia sido doado pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul e o templo foi erguido com o auxílio da comunidade, o Ministério Público posicionou-se contra a venda do terreno. A explicação foi de que a cedência da área por parte do Município para a instituição religiosa deve cumprir uma função social, como consta no próprio documento de cedência. Dessa maneira fica vedada a venda de um espaço público, mesmo cedido a terceiros.

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Religiosas fizeram exigência para reabertura do espaço

Um abaixo-assinado pedindo a permanência do Santuário em seu local original foi produzido no fim do ano passado. Segundo o advogado Ruy Kaercher, membro do Movimento Apostólico de Schoenstatt, mais de 1.700 assinaturas de apoio ao movimento contrário à mudança foram entregues ao promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin. “Ainda há listas de assinaturas circulando para encaminhar (ao MP). No período de fim de ano, a coisa parou um pouco, mas tão logo retomar a normalidade, vamos encaminhar mais abaixo-assinados. Estou recebendo listas de municípios vizinhos. Não vamos descansar enquanto não revertermos a situação”, afirmou.

De acordo com o promotor, uma nova reunião marcada para 11 de fevereiro deve reunir a prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany (PP), e o advogado das Irmãs de Schoenstatt. Barin disse que as Irmãs teriam aceito a proposta de reabrir o Santuário na BR-471, com a manutenção da capela, da estátua do Padre Kentenich e a realização de missas em horários préagendados, mas com uma condição: de que a Prefeitura concorde com a cedência do imóvel às religiosas, para que a área seja permutada no futuro por um novo espaço, sem o impedimento do Ministério Público e do poder público municipal.

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Kaercher: advogado é um dos organizadores do movimento contrário à mudança | Foto: Lula Helfer

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Barin adiantou que a exigência das Irmãs de Maria para reabrir o Santuário não deve ser aceita. “O que eu vou alegar é que o MP não pode se comprometer com um fato incerto”, disse. Explicou que no futuro, caso exista uma proposta explicando quando e onde o Santuário será reerguido, e mantendo-se a finalidade de interesse público do imóvel, será possível costurar um acordo entre Prefeitura e as Irmãs de Schoenstatt, caso seja de interesse do poder público. A intenção, segundo o promotor, é de trabalhar pela reabertura imediata do espaço.

Promotor pretende ouvir as partes envolvidas para chegar a um acordo | Foto: Rodrigo Assmann

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