O novo ano abre as portas na próxima semana, e sempre é possível fazer algo para não tornar a data uma simples troca de calendário e seguir a mesma rotina por mais 365 dias. Há uma campanha muito interessante em uma rede social apelando para uma atitude simples, mas que pode fazer grande diferença neste novo ciclo. Trata-se da proposta para rolar menos a tela do celular e, ao invés disso, dedicar ao menos 12 minutos por dia para ler um livro (originalmente, recomenda ouvir um áudio com o resumo de uma obra).
Quase impossível hoje deixar de dar uma conferida no celular volta e meia para ver se não há mensagens no WhatsApp, postagens novas no Facebook, Instagram, X e assim por diante. E assim ficamos boa parte do dia diante da telinha. E quantos abrem um livro para um pouco de leitura? Uma dúzia de minutos por dia é insignificante se fizermos um balanço do tempo que ocupamos rolando a tela. Mas terá grande significado com o conhecimento que é possível acumular ao longo do ano, no desenvolvimento de habilidades, contribuindo, inclusive, para a saúde mental.
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Para quem não tem o hábito da leitura, uma dica é começar por obras relacionadas a assuntos dos quais se gosta ou tem maior afinidade. Há livros sobre tudo: viagens, futebol, política, comportamento, romances, polícia, história, entretenimento e muitos outros assuntos. Impossível não encontrar algo interessante. Com um pouco de esforço em manter a rotina de dedicar alguns minutos diários para a leitura, em pouco tempo será possível perceber a importância dessa prática.
Uma dica interessante é conferir obras de autores locais. Os integrantes da Academia de Letras de Santa Cruz do Sul têm títulos muito bons ou, para quem quer estender o leque, vale conferir as obras dos ocupantes de cadeiras na Academia Rio-grandense de Letras. Às vezes estreantes no mundo literário nos surpreendem de forma positiva. Como exemplo, poucos dias antes do Natal recebi o livro Mel amargo, de Joana Tartari Klein, publicação sobre a qual a Gazeta do Sul teve matéria na edição dia 19 de novembro (disponível na Iluminura Livraria e Cafeteria).
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A história fictícia sobre as abelhas, inspirada em fatos reais, é uma leitura fácil e interessante, daquelas que dá vontade de ler o livro de uma só vez. E deixa um aprendizado muito valioso ao abordar a questão preocupante do declínio alarmante das populações de abelhas, insetos voadores fundamentais para a produção de alimentos. Assim, a autora cria as Beebots (abelhas robôs) e faz uma bela narrativa nesse contexto.
A leitura só traz benefícios às pessoas, pois estimula o raciocínio, ativa o cérebro, aumenta a imaginação, melhora o vocabulário, desenvolve o pensamento crítico, combate o estresse, dá um gás motivacional, amplia criatividade, estimula a capacidade de concentração e o leitor transforma a sua escrita. Então, no ano novo que está batendo na porta, vença a procrastinação e saia da zona de conforto. Coloque na rotina um tempinho diário para se ocupar com livros.
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