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PREVISÃO DO TEMPO

Novo cenário de chuva excessiva pode ocorrer a partir da próxima sexta-feira

Foto: Rafaelly Machado

Famílias vivem momentos de pavor ao perder contato com ilhados em Santa Cruz

Imagem da reta de Rio Pardinho

O cenário crítico vivenciado em diversos pontos do Rio Grande do Sul desde a última terça-feira, 30, vai prosseguir por um longo período, segundo informações da MetSul Meteorologia. Locais mais castigados serão inabitáveis por semanas a meses pela destruição das moradias, da infraestrutura e o colapso dos serviços públicos essenciais, que precisarão ser reconstruídos.

Embora a vazão tenha diminuído, o nível alto da Lagoa dos Patos e o grande volume de água descendo dos rios que abastecem o Guaíba complicam o escoamento, mesmo com condições favoráveis de vento do quadrante Norte. Isso já havia sido observado na grande enchente de 3,18 metros de setembro do ano passado.

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Nesta quarta-feira, 8, as áreas atingidas pelas enchentes na Região Metropolitana e nos vales do Rio Pardo, Taquari, Caí, dos Sinos e Paranhana podem voltar a ter chuva, mas não será uma precipitação com volumes altos que venha a interferir no nível dos rios.

Preocupação no fim de semana

Na próxima quinta-feira, 9, o ingresso de ar frio sem intensidade, além de trazer um refresco, será responsável por causar vento do quadrante Sul no Norte da Lagoa dos Patos. O efeito será o represamento do Guaíba, que pode apresentar alta no nível ou mesmo ter sua queda estancada ou reduzida por cerca de um dia.

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A maior preocupação está nos indicativos dos modelos numéricos que analisam o clima entre a próxima sexta-feira, 10, e o dia 15 de maio. Há possibilidade de um novo episódio de instabilidade com risco de chuva excessiva no Estado, sem os volumes do final de abril e do começo de maio, mas que podem atingir acumulados elevados. A chuva afetaria Porto Alegre e as cabeceiras dos rios que desembocam no Guaíba.

Desdobramentos

Além de interferir nos níveis dos rios, a chuva poderá trazer outro desdobramento. Como a rede pluvial está inundada em Porto Alegre pelas águas do Guaíba e por outros rios do entorno, a água da chuva não vai conseguir escoar. Não será absorvida pela macrodrenagem, já saturada. Sairá por bueiros e bocas de lobo. Assim, os cenários hidrológico e meteorológico em curto e médio prazos não são nada favoráveis.

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Apesar de melhora em parte do Estado, algumas áreas seguirão ainda por um período muito longo sob condições extremamente graves. Conforme análise da MetSul, esta enchente de proporção sem precedentes terá consequências em longo prazo.

O que explica o calor do início da semana?

Essa segunda-feira, 6, foi o primeiro dia em muito tempo sem chuva em um grande número de municípios gaúchos. Uma massa de ar seco e quente, que há semanas causa calor fora do normal para esta época do ano em praticamente todo o Brasil, tomou conta do território gaúcho. Apesar disso, o extremo Sul e a fronteira com o Uruguai tiveram momentos de clima instável.

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Na quarta-feira, embora o sol apareça com nuvens em parte do Estado, a chuva avança e atinge todas as regiões no decorrer do dia com uma frente fria. Na quinta-feira, haverá tempo firme em quase todo o Rio Grande do Sul, mas haverá chuva em alguns pontos do Norte do Estado. Na sexta-feira, a instabilidade toma conta de grande parte do Estado com chuva e trovoadas causadas por uma área de baixa pressão. No sábado, 11, ainda haverá áreas de instabilidade em pontos do Rio Grande do Sul.

O que provocou a chuva constante no Estado?

A chuva constante que atingiu o Rio Grande do Sul na semana passada provocou mortes e estragos em diferentes cidades do Estado. O fenômeno foi resultado da combinação de áreas de baixa pressão com um canal de umidade que estacionou sobre o território gaúcho. O evento teve início no dia 26 de abril. Naquele fim de semana, os municípios da Metade Sul registraram volumes expressivos de chuva. Pelotas acumulou 100 milímetros de água, sendo que essa era a quantidade esperada para todo o mês de abril no município.

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A instabilidade se espalhou pelo Estado no dia 27, atingindo os vales, a Serra e a Região Metropolitana com grande volume de chuva. No dia 28, a frente fria seguiu percorrendo o território gaúcho, passando a atuar mais na Metade Norte. No dia 29, a instabilidade atingiu primeiro o norte do Estado, na fronteira com Santa Catarina, mas logo começou a se espalhar de forma mais generalizada pelas regiões Noroeste, Norte e Metropolitana. Houve períodos de trégua, mas choveu bastante em todas as áreas, especialmente no Norte.

A madrugada da última terça-feira, iniciou com a atuação de sistemas mais localizados na faixa central do Estado. Santa Maria e outras cidades da região registraram os maiores acumulados de chuva, mas as tempestades afetaram também a Região Metropolitana e parte da Serra.

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O feriado do Dia do Trabalho foi de chuva constante, com sistemas em toda a metade Norte, incluindo a região metropolitana de Porto Alegre. Na quinta-feira, 2, o cenário meteorológico era praticamente o mesmo. A diferença foi que o canal de umidade se moveu um pouco mais para o norte do Estado, afetando com mais intensidade os municípios da área que faz divisa com Santa Catarina.

Na manhã de sexta-feira, 3, o canal de umidade havia se deslocado mais para o Norte, causando chuva principalmente em Santa Catarina, após ser “empurrado” por uma frente fria. No decorrer de cinco dias, municípios do Rio Grande do Sul registraram mais da metade do acumulado de chuva que costuma ser previsto para um ano inteiro.

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