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“O cinema é uma das mais ricas formas de expressão”, diz homenageada do Festival Santa Cruz de Cinema

Aos 86 anos, a atriz Araci Esteves, natural de Osório e radicada em Gramado, tem entre seus trabalhos o filme Anahy de Las Misiones | Foto: Petci Pedron/Divulgação/GS

Na próxima quinta-feira, 12, a atriz Araci Esteves entrará para a lista das lendas homenageadas pelo Festival Santa Cruz de Cinema. Nascida em 21 de Janeiro de 1939, Araci, aos 86 anos, tornou-se uma das mais respeitadas atrizes gaúchas. Natural de Osório, reside em Gramado. No início da década de 1950, já mostrava seu talento no teatro infantil. Em 1963, ingressou no curso de Arte Dramática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Eis que em 1970 o público pôde conferir o primeiro trabalho de Araci na telona. Sua estreia ocorreu em Um é Pouco, Dois é Demais, considerado um marco do cinema gaúcho e nacional, e que se passa no centro de Porto Alegre.

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Mas foi no longa Anahy de Las Misiones, de Sergio Silva, que a atriz deixou sua marca na sétima arte. Protagonista da ficção histórica, ela é uma mulher batalhadora, mãe de quatro filhos, que vive no contexto da Revolução Farroupilha saqueando os mortos em campos de batalha. O papel de Anahy rendeu a Araci três prêmios de melhor atriz.

Quatro anos depois, ela voltaria a brilhar no cinema em Netto Perde Sua Alma. Na obra clássica de Tabajara Ruas, atuou ao lado de Werner Schünemann. Outro projeto que lhe rendeu vários prêmios foi Gotas de Fumaça, da cineasta Ane Siderman. No papel de Bibi, a protagonista, ela conquistou 11 troféus de melhor atriz.

A trajetória de Araci não se limita ao cinema. Nos palcos, uniu-se com outros colegas para fundar o Grupo de Teatro Independente. Durante a década de 1970, viajou pela Europa com a Companhia da Comédia, atuando ao lado de figuras como Dercy Gonçalves. Já na televisão, mostrou seu talento em Esperança, no qual viveu Constância.

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ENTREVISTA – Araci Esteves Atriz, homenageada do 8º Festival Santa Cruz de Cinema

  • Gazeta – Qual a ligação da senhora com Santa Cruz do Sul? Passei por Santa Cruz faz muito tempo, posso dizer que não conheço a cidade. Minha ligação com ela vem da grande amizade e da convivência que mantive com o Tuio Becker, um apaixonado pelo cinema, conhecedor profundo da sétima arte e uma mente brilhante. E que era de Santa Cruz e falávamos muito sobre a cidade.
  • Como nasceu a amizade da senhora com o Tuio Becker? Ele fazia parte do grupo de amigos que, nos fins de semana, se reuniam para comer, beber e conversar sobre os mais diversos assuntos. Mas, como todos eram ligados a literatura, teatro, arte e cultura, esses assuntos estavam sempre presentes. Tudo isso com muita política no meio.
  • Qual legado o Tuio deixa para o cinema? O Tuio deixou um legado de paixão, de seriedade, de crítica lúcida, de conhecimento vasto e profundo sobre o tema.
  • O que a sétima arte significa para a senhora? O cinema é uma das mais ricas formas de expressão. Através dele, podemos ver ideias, fantasia, realidade, heroísmo, vilania, todas as emoções e os sentimentos que vivem dentro desse bicho chamado homem…
  • Qual foi a experiência mais marcante na telona? Talvez o Anahy de las Misiones, por ter sido meu primeiro longa de maior fôlego, pela minha inexperiência e responsabilidade que pesava sobre aquela personagem de tamanha grandeza, seja uma luz no meu horizonte. Não faço muita distinção entre os filmes que fiz, porque com cada um aprendi alguma coisa que eu não sabia. Cada trabalho é um exercício, faz parte do aprendizado.
  • A senhora está com algum trabalho em desenvolvimento? Estou estudando o roteiro de um curta-metragem do Gabriel Possignolo. Tenho vontade de fazer, acho a história interessante.

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