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CONTRAPONTO

O ovo da serpente

Conflito de gerações e dessintonia entre pais e filhos são uma “guerra” antiga, atual e interminável. As rupturas e os desencontros são de toda ordem, natureza e dimensão. E sem limites geográficos de ocorrência. A propósito de diferenças entre gerações que vão e que vêm, “corre” na internet um texto muito expressivo (que reproduzo, reduzo e adapto abaixo, parcialmente), acerca do qual não há certeza de autoria.

A internet é pródiga em mensagens de todos os tipos, anônimas ou não, assumidas ou atribuídas. Afinal, trata-se de um gigantesco tsunami de palavras, imagens e sons, de autorias falsas e verdadeiras, de mentiras e verdades, de ilusionismos e realismos.

Naturalmente, à conta desse dilúvio verborrágico e imagético, a grande maioria é lixo. Mas mesmo no lixo podemos encontrar sabedoria e pérolas. Logo, repito, texto reduzido e adaptado. Segue.

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“Somos a primeira geração de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos pais. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos pais mais dedicados e compreensivos. Mas, na tentativa de sermos os pais que queríamos ter, parece que passamos de um extremo ao outro.

Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito! Antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito.

Mas, na medida em que as fronteiras hierárquicas entre pais e filhos foram se desvanecendo, hoje são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas ideias, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, que os pais os patrocinem no que necessitam para tal fim!

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Os papéis se inverteram: agora são os pais que têm de agradar a seus filhos para “ganhá-los”, e não o inverso, como no passado. Isso explica o esforço que fazem pais e mães para serem os melhores amigos e “tudo dar” a seus filhos. Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao ver os pais tão débeis e perdidos como eles. Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca!

Apenas uma atitude firme e respeitosa evitará o afogamento das novas gerações no descontrole e no tédio. À deriva, sem parâmetros, nem destino!”

Concluo eu: muitas obras de ficção, como filmes, textos e livros, usam a expressão “o ovo da serpente” como uma metáfora para a constatação de um mal em incubação!

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* Artigo originalmente publicado em 12 de dezembro de 2008

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