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Opinião

O que será de nós?

Temos saudade de momentos e personagens que ficaram para trás, algum orgulho pelo que fizemos e conquistamos, talvez algum arrependimento. E, cada um à sua maneira, “ganhamos a vida”, como se costumava dizer.

Será que ganhamos?

Como você, eu trabalhei. Três turnos durante longos anos, até em três empregos diferentes e simultâneos. Chegava tarde da noite em casa, angustiado, me questionando se tinha tomado as melhores decisões.

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Muitas vezes fui dormir atormentado pela dúvida. E outras tantas me acordavam cedo da manhã, no dia seguinte, porque alguém discordava do que havíamos publicado.

No jornalismo não existe unanimidade. O que precisa prevalecer é a busca pela verdade.

E muitas vezes ela dói.

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Acho que na vida pública não deveria ser diferente. Não quero ser modelo para ninguém. Mas, se pudesse sugerir, recomendaria aos eleitos, em todos os níveis, e aos que são galgados a postos representativos, por mérito ou não: se quiserem resguardar a sua biografia, façam prevalecer a verdade acima do interesse. Honrem a vontade e os princípios das pessoas que lhes deram crédito.

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No meio da comunicação, como na vida pública, também há quem se renda a interesses desconectados com a percepção comunitária. Mas as decisões erradas normalmente não perdoam.

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Credibilidade. Este é o conceito. Este é o parâmetro. Para o jornal que você lê, para o noticiário a que assiste ou ouve, e também para a pessoa a quem você creditou o seu voto e a sua confiança.
No espectro político, hoje tenho mais convicção do que não quero, de pessoas que não vou eleger, do que as que posso avalizar.

Vamos começar pelo topo da hierarquia política. Preferências ideológicas à parte, você concorda que o presidente de um país que tem na democracia seu valor maior flerte publicamente com ditaduras? Será mesmo que é esse aval ideológico que 60 milhões de brasileiros deram a ele, disfarçado sob o manto de uma social democracia?

Em nosso Estado, me percebo sobre um alicerce de gelatina. Com a complacência e a aprovação de um Legislativo que se rende a favores, direitos agora são relativos. Sim, no Rio Grande do Sul, até as leis retroagem e direitos adquiridos por servidores ao longo de sua carreira são cassados por canetaço do governador e pela anuência de seus pares. Sob total silêncio do Judiciário, do Ministério Público, da OAB e de outros órgãos sempre combativos quando as questões dizem respeito aos seus interesses.

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E em nossos municípios? Já é visível que a aproximação do pleito para eleição de novos prefeitos e vereadores está no radar dos atores deste processo. Uma obra estrategicamente adiada, planejada para momento mais oportuno ou desaprovada, se necessário, pode impactar nas urnas.

Torno a perguntar: depois de longos anos de trabalho, será que ganhamos alguma coisa além da aposentadoria?

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Do ponto de vista de nossos direitos que deveriam estar assegurados, com certeza não. E vai piorar, porque cada vez menos pessoas estão contribuindo para a Previdência Social que nós ajudamos a consolidar com nosso trabalho. Não se surpreendam, logo alguém vai dizer que a culpa é nossa, porque estamos vivendo mais do que devíamos.

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