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FORA DE PAUTA

O risoto “da Cá”

Outro dia encontrei uma amiga que não via há muito tempo. Conversa vai, conversa vem, relembramos a pandemia. Depois de tantos anos, aquele período, de certa forma, se perdeu na memória de muitos. No entanto, aprendizados ficaram. Pelo menos para mim. Um deles foi a arte de cozinhar, ou melhor, a minha aproximação com as panelas. Nunca me considerei uma cozinheira exímia, mas sempre gostei de explorar receitas novas, de conhecer novos sabores e testá-los. Ainda que seja uma “formiguinha” assumida, as comidas salgadas, em sua maioria, lideraram as escolhas para pôr em prática. Não vou negar, uns “bolinhos” de chocolate, cenoura e laranja fizeram a alegria de tardes de isolamento, junto com uma série ou a leitura de um bom livro.

Num primeiro momento, a pandemia trouxe a necessidade da sobrevivência. Se antes, na correria do dia a dia recorria aos restaurantes, agora precisava produzir meu próprio alimento. Mesmo que soubesse fazer o básico, tornou-se necessário me aprimorar. Além da clássica pesquisa na internet, acionei minha mãe. Sabe aquelas dicas que só as mães têm? Foram muitas as ligações em vídeo e experiências compartilhadas.

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Com certo receio da temida panela de pressão, adquiri um modelo eletrônico. A ressaltar, uma das melhores aquisições que já fiz em se tratando de utensílios para a casa. Nela foram feitos uns bons quilos de feijão, a comida tradicional do brasileiro e que me apetece muito. Estar na cozinha se tornou um lugar de descobertas e testes. E, claro, precisei fazer alguns outros investimentos para garantir uma melhor execução à frente do fogão.

Além disso, procurei aperfeiçoar as aptidões que já tinha. Uma delas, o “risoto da Cá”. Um prato que amo fazer e que, no período, tornou-se uma especialidade. O conhecido risoto de filé ao gorgonzola ganhou outras versões. Experimentei novas combinações e o resultado surpreendeu. Risoto de pera e gorgonzola, e até de camarão, também figuraram entre as produções gastronômicas.

Foram algumas jantas entre amigos com o “risoto da Cá” como carro-chefe. A sensação de cozinhar para outras pessoas, apesar de gerar um certo “friozinho” na barriga, é gratificante. É sobre como cozinhar pode ser mágico. Se precisasse definir uma especialidade, seria o risoto. E é incrível. Mesmo com uso dos mesmos ingredientes, nenhuma comida tem o mesmo sabor sendo feita por diferentes pessoas. Somados aos ingredientes, dedicação e amor são fundamentais. Pitadas essenciais para dar a cara do prato. É como se fosse uma identidade que vale para todas as receitas. E isso não é sobre comidas e risotos, mas como certas coisas fazem sentido e falam sobre nós.

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