Um artista talentoso, autodidata, com estilo próprio, Adolf Kunz, natural da Alemanha, deixou uma grande obra em Sinimbu, constituída por esculturas, mosaicos e quadros. Por sugestão do leitor Fernando Hennig, e com base em pesquisa realizada em 2012 por Janete Simoni Froeming, vamos recuperar um pouco desta história.

Adolf nasceu em 25 de outubro de 1902, na cidade de Coblenz-Lützel. Depois de servir o exército de 1923 a 1926, decidiu buscar novas oportunidades além-mar. De navio, chegou ao porto de Rio Grande em 1º de junho de 1926. Dali, foi para Porto Alegre, onde trabalhou na reforma do Mercado Público. 
Após dois meses, soube que existia uma colônia de imigrantes alemães em Rio Pardinho, interior de Santa Cruz, para onde se transferiu em setembro de 1926. Lá passou a morar e a trabalhar na cantaria Kantac. Aprendeu a mexer com pedras e especializou-se em esculpir lápides de túmulos. No ano seguinte, decidiu atuar por conta própria na vila de Sinimbu, sede do então quarto distrito.

O jovem abriu uma cantaria em galpão cedido pelo hoteleiro Bernardo Fuerstenau. A beleza e a qualidade das suas obras espalharam-se pela região. As lápides, em pedra grês, tinham ornamentos diferenciados, em alto e baixo relevo, e inscrições em estilo gótico.

Um dos túmulos mais emblemáticos está no cemitério católico de Sinimbu, em homenagem ao soldado alemão Karl Mahder, que residia na localidade e era amigo pessoal de Kunz. É ornado com uma caravela esculpida em uma peça de mármore branco.

Com os serviços aumentando, contratou auxiliares e adquiriu um terreno para construir sua casa. Satisfeito na nova  terra, casou-se com Erna Olivia Schramm, natural de Trombudo, mas cuja família morava em Rio Pardinho há algum tempo.

O casal teve um filho, o dentista Elmar Kunz. A família preserva a propriedade que era de Adolf, onde estão mantidas muitas esculturas e pinturas feitas pelo imigrante. Ele faleceu em 26 de março de 1999.

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