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FORA DE PAUTA

Otto Tesche: calça meia canela x reduflação

Nos tempos de criança, nos primeiros anos da idade escolar, era comum entre a turma alguém ou alguns volta e meia aparecerem com uma calça meia canela. Diferentemente de hoje, quando o modelo mais curto nas pernas faz parte da moda, na época essas roupas, ou não acompanhavam o crescimento das pernas dos adolescentes em fase de desenvolvimento corporal, ou encolhiam com as lavadas. Diferente disso, nos últimos anos, com impulso maior a partir da pandemia do novo coronavírus, vê-se o encolhimento no tamanho dos produtos nas prateleiras das lojas (na real, antes mesmo disso, ao saírem das fábricas).

As embalagens de sabão em pó que inicialmente vinham com um quilo há um bom tempo mudaram para 900 gramas ou até mesmo 800 gramas. Mas o preço não diminuiu. E assim cada vez mais produtos entraram nessa onda. Dia destes fiquei surpreso com a manutenção do preço da latinha do refrigerante na prateleira do supermercado, enquanto todas as demais bebidas tinham sofrido elevação no valor. Mas ao observar melhor, qual não foi minha surpresa ao constatar que a latinha era mais magrinha, com volume menor.

Mas a catástrofe mesmo ocorreu nas prateleiras dos chocolates. Quando as caixinhas de bombons diminuíram, a primeira justificativa que veio à cabeça foi sobre a possibilidade de economia de papel. A quantidade dos chocolates que constava na embalagem não havia mudado. Mero engano! Os bombons também haviam diminuído de tamanho. Que decepção! Não bastasse que há algum tempo as barras de chocolate estão cada vez mais finas (e com mais açúcar e menos cacau).

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A redução no tamanho das embalagens dos produtos até pode fazer alguns pensarem que se trata de uma forma para tentar diminuir o consumo. Mas jamais qualquer indústria trabalhará nesse sentido. O que se viu é o surgimento do fenômeno chamado reduflação: o preço do produto não sobe, mas você paga o mesmo valor por menos mercadoria.

A tática das indústrias em reduzir a embalagem ou o peso dos pacotes, ao mesmo tempo em que os preços dos produtos continuam iguais ou até maiores, é mais um dos tantos itens a serem observados no momento de ir às compras para não ficar com o bolso furado antes da hora. A estratégia de muitas empresas para evitar a queda das vendas ganhou o apelido de reduflação: a inflação pela redução do peso ou pelo encolhimento dos produtos. É a meia canela dos tempos modernos.

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