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FORA DE PAUTA

Otto Tesche: ‘Sem a devida manutenção, nossas rodovias têm vida curta sem buracos’

Em poucos dias, muita gente irá pegar a estrada para curtir as férias, rever familiares, buscar um ar diferente, apesar das restrições ainda existentes em consequência da pandemia do novo coronavírus. Outros andam pelas rodovias quase diariamente por fazer parte da rotina de trabalho ou deslocamentos com finalidades das mais diversas. E quase ninguém foge de um problema comum na nossa malha viária: as precárias condições, especialmente os buracos no asfalto.

Difícil haver um motorista que trafega com alguma frequência pelas rodovias do Estado que ainda não tenha sido vítima dos problemas causados por verdadeiras crateras existentes em muitos trechos. Surpreende até o fato de não haver mais acidentes em consequência da precariedade das estradas. Por mais que a pessoa cuide ao volante, é muito difícil escapar ileso dos buracos. E há trajetos onde se torna impossível desviá-los, seja pela quantidade ou pelo risco de acidentes.


Sem a devida manutenção, nossas rodovias têm vida curta sem buracos. Vejam a RSC-153, entre Santa Cruz do Sul e Barros Cassal. O trecho ainda não fez o décimo aniversário desde a inauguração, mas a pista já virou um bolo cheio de furos. E a recuperação quase sempre vira uma novela. Os usuários da ERS-400 chegaram a transformar as crateras da estrada em churrasqueiras há alguns anos em Passa Sete e Sobradinho como forma de protesto pela demora na execução das obras de revitalização.

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O risco sempre é maior ao trafegar à noite, em dias de chuva, com neblina ou em rodovias praticamente sem acostamento. Temos aqui na região até uma estrada onde o Daer sequer concluiu o asfaltamento, mas os motoristas já precisam desviar dos buracos no trecho onde existe a pavimentação. E para piorar, a sinalização na maioria das nossas rodovias já é precária. Então, haver avisos sobre as más condições vira algo quase milagroso.

Neste período onde a tecnologia avança rapidamente, não será surpresa se logo mais teremos um aplicativo que avisa cada buraco existente nas rodovias. Será um serviço bastante útil. E como já pagamos muito imposto sem termos o retorno esperado em serviços, não será má ideia estabelecer uma multa por cada buraco nas rodovias, com o valor de acordo com o tamanho, cobrado dos gestores e responsáveis pelos órgãos que deveriam cuidar da manutenção da malha viária. E com dinheiro do bolso deles.

Em um País onde as rodovias predominam no escoamento da produção e no deslocamento de produtos e pessoas, é questão de responsabilidade e segurança pública o cuidado com as boas condições do asfalto. O povo paga alto valor em impostos – IPVA, pedágio, tributos sobre os combustíveis, apenas para citar alguns específicos relacionados ao transporte – e ainda é condenado com mais gastos com as despesas que aumentam ao trafegar por estradas em precárias condições. A malha viária são artérias por onde flui o progresso e qualquer problema é como uma doença que traz transtornos para o bom desempenho. Então, que nossos governos se comprometam com essa responsabilidade.

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