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VALE DO RIO PARDO E CENTRO-SERRA

População com mais de 65 anos supera a média do Estado em 20 municípios

Foto: Albus Produtora

Número de habitantes na faixa considerada como idosos cresceu em todo o Brasil desde 2010 e o Rio Grande do Sul tem a maior proporção entre todos os estados

A maioria dos municípios do Vale do Rio Pardo e do Centro-Serra tem índice de população com mais de 65 anos de idade mais alto que a média do Estado. No Rio Grande do Sul, o percentual médio é de 14,07%. Entre os 28 municípios da região, 20 apresentam indicador mais alto e apenas oito menores. Cerro Branco (21,7%), General Câmara (19,16%), Sinimbu (17,89%) e Vale Verde (17,84%) apresentam os índices mais altos de habitantes nesta faixa etária. Por outro lado, Gramado Xavier (12,92%), Vera Cruz (13,2%), Santa Cruz do Sul (13,5%) e Salto do Jacuí (13,57%) têm os menores percentuais.

No segmento da população com menos de 20 anos, 18 municípios da região têm índice mais baixo no número de habitantes nesta faixa etária em relação à média do Estado, que é de 23,66%. Cerro Branco (17,8%), Vale do Sol (20,03%) e Sinimbu (20,37%) têm os percentuais mais baixos. Já Gramado Xavier (26,96%), Pantano Grande (25,63%) e Herveiras (25,61%) têm os mais altos índices em relação ao número total de habitantes. O Rio Grande do Sul registra o menor percentual de crianças entre os estados do Brasil. A faixa etária até 14 anos representa 17,5% da população gaúcha.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nessa sexta-feira, 27, os dados do Censo 2022 por faixa etária. As informações mostram que a estrutura etária da população brasileira sofreu transformações significativas ao longo dos últimos anos. Em todo o País, há 22.169.101 idosos com 65 anos ou mais. O número é 57,4% superior aos 14.081.477 apurados na operação censitária anterior, ocorrida em 2010.

No Rio Grande do Sul, 14,1% dos moradores têm 65 anos ou mais. É o Estado com a maior proporção de população idosa. Na região, os municípios de Cerro Branco, Sinimbu e Vale Verde têm os índices mais altos de envelhecimento, enquanto Gramado Xavier, Herveiras e Salto do Jacuí, os mais baixos. O indicador representa o número de pessoas com 65 anos ou mais em relação a um grupo de 100 crianças de zero a 14 anos.

OBS.: * O índice de envelhecimento (IE), representa o número de pessoas com 65 anos ou mais em relação a um grupo de 100 crianças de zero a 14 anos. Idade mediana é a medida separatriz que utiliza o critério de idade para dividir a população em duas partes iguais, ou seja, é a idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população. A razão de sexo (RS), representa o número de homens em relação ao grupo de 100 mulheres em uma população. | Fonte: IBGE – Censo Demográfico

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Santa Cruz do Sul tem a mesma média do Estado

A idade mediana nos municípios da região varia de 37 (Herveiras) a 46 anos (Cerro Branco). Trata-se da medida separatriz que utiliza o critério de idade para dividir a população em duas partes iguais, ou seja, é a idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população. Em Santa Cruz do Sul é de 38 anos, que também é a média do Estado, três a mais do que a idade mediana nacional.

A média do Estado quanto ao número de homens em relação ao grupo de 100 mulheres em uma população indica a existência de menos pessoas do sexo masculino. No entanto, na região, entre os 28 municípios, em 16 ainda há maioria de homens. Sinimbu, Ibarama e Herveiras têm os índices mais altos. As mulheres são em maior número em Santa Cruz do Sul, com a proporção mais alta no Vale do Rio Pardo, seguida por Rio Pardo e Salto do Jacuí.

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Idade mediana no País aumentou seis anos desde 2010

O Censo do IBGE de 2022 apurou que a idade mediana da população brasileira aumentou seis anos, saindo de 29 em 2010 e chegando a 35 anos em 2022. O índice de envelhecimento subiu para 55,2. Isso significa que há 55,2 idosos para cada 100 crianças até 14 anos. Em 2010, o índice era de 30,7. As regiões do país com maior proporção de idosos com 65 anos ou mais são Sudeste (12,2%) e Sul (12,1%). Entre os estados, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram a lista. De outro lado, a população mais jovem, envolvendo crianças com até 14 anos, é mais expressiva no Norte (25,2% do total de moradores) e no Nordeste (25,2% do total de moradores).

O IBGE vem divulgando os dados apurados no Censo 2022 de forma progressiva. Conforme as primeiras informações, apresentadas em junho, a população brasileira teve um salto de 12,3 milhões nos últimos 12 anos, alcançando um total de 203 milhões. Diversas capitais, no entanto, tiveram queda no número de habitantes. Também já foram apresentados recortes sobre indígenas e quilombolas.

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Os números divulgados nessa sexta-feira dizem respeito aos resultados da população por idade e por sexo. De acordo com o IBGE, são dados que servem de subsídios para o planejamento de programas habitacionais, sistemas de transporte, ações afirmativas e políticas públicas voltadas para a saúde, a educação e o mercado de trabalho. Também são importantes para calcular projeções populacionais e para definições sobre alocação de recursos.

O Brasil costuma realizar o Censo Demográfico de dez em dez anos. O objetivo é oferecer um retrato da população e das condições domiciliares no país. O Censo 2022 deveria ter sido realizado em 2020, mas foi adiado duas vezes: primeiro, devido à pandemia de Covid-19, e depois por questões orçamentárias. A operação censitária teve início em junho do ano passado. Com diversos atrasos, devido a dificuldades para concluir as visitas domiciliares em todos os 5.570 municípios do país, a coleta dos dados se encerrou apenas em fevereiro desse ano.

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Mulheres são maioria

As mulheres são, pela primeira vez em cinco décadas, maioria em todas as grandes regiões do Brasil. Faltava apenas a Região Norte para consolidar a tendência histórica de predominância feminina. Não falta mais, segundo o Censo Demográfico de 2022. O país tem uma população residente de 203.080.756. Deste total, 104.548.325 (51,5%) são mulheres e 98.532.431 (48,5%) são homens. O que significa que existe um excedente de 6.015.894 mulheres em relação ao número de homens.

O IBGE considera, para fins de registro, o sexo biológico do morador atribuído no nascimento. O principal indicador usado pelo IBGE nessa categoria censitária é chamado “razão de sexo”, que leva em consideração o número de homens em relação ao de mulheres. Se o número for menor do que 100, há mais mulheres. Se for maior do que 100, há mais homens. Se em 1980, havia 98,7 homens para cada 100 mulheres, em 2022 essa proporção passou a ser de 94,2 homens para cada 100 mulheres.

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Na divisão por regiões, a razão de sexo do Norte era 103,4 em 1980. No último Censo, em 2010, era 101,8. Agora, é 99,7. No Nordeste, considerando os mesmos anos, passou de 95,8 para 95,3 e agora é 93,5. No Sudeste, de 98,9 para 94,6 e 92,9. No Sul, de 100,3 para 96,3 e 95,0. E no Centro-Oeste de 103,4 para 98,6 e 96,7.

Quando se consideram os grupos etários no Brasil, a proporção de homens é maior entre o nascimento e os 19 anos de idade. Entre 25 e 29 anos, a população feminina se torna majoritária e a proporção continua crescendo nas idades mais avançadas. O IBGE explica a diferença inicial pelo número maior de nascimentos de crianças do sexo masculino. E a mudança na idade adulta pelas taxas maiores de mortalidade masculina na juventude. “As causas de morte dessa população jovem masculina estão relacionadas às causas não naturais. Que são as causas violentas e os acidentes, que acometem mais a população entre 20 e 40 anos de idade. Muito mais do que acontece com as mulheres”, afirma a pesquisadora do IBGE, Izabel Guimarães.

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Saiba mais

  • Municípios – O Censo 2022 também leva em consideração o sexo da população em cada município. E os números mostram que o número de habitantes em cada um deles influencia diretamente na diferença entre homens e mulheres. Quanto mais populosos, maior é a presença feminina. Nos municípios com até 5 mil habitantes, a razão de sexo é, em média, de 102,3 homens para cada 100 mulheres. Entre 5 mil e 10 mil habitantes, o indicador fica em 101,4. Entre 10 mil e 20 mil, 100,3. As mulheres começam a ser maioria naqueles que têm entre 20 mil e 50 mil: razão de sexo é 98,4. Entre 50 e 100 mil, 96,2. Entre 100 mil e 500 mil, 93,3. E para aqueles que possuem mais de 500 mil, o indicador é 88,9. Na lista dos municípios brasileiros com a maior razão de sexo, nove dos dez primeiros são do Estado de São Paulo.
  • Unidades da Federação – A análise por Unidades da Federação mostra que o Rio de Janeiro é o que tem a maior proporção de mulheres. A razão de sexo do estado é de 89,4 homens para cada 100 mulheres. Entre os cinco primeiros desse ranking, vêm logo na sequência Distrito Federal (91,1), Pernambuco (91,2), Sergipe (91,8) e Alagoas (91,9). O Mato Grosso lidera a lista de estados com maior proporção de homens. A razão de sexo é 101,3 homens para cada 100 mulheres. Apenas outros três estados do país têm predomínio masculino na população: Roraima (101,3), Tocantins (101,3) e Acre (100,2).

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