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Contraponto

Por que tão desiguais?

Aparato político-judicial em descrédito não é uma particularidade brasileira. Inoperância e decepção também são comuns em outras nações. Aliás, a atualidade mundial é de inquietude, inconstância e crises cíclicas. A frequência das crises e as variadas características têm causado confusão nos governos, nos partidos políticos e, principalmente, no tocante ao que afirmam sejam suas apregoadas convicções e proposições ideológicas.

Entre nós, as faces mais frequentes da degradação têm sido o populismo, a corrupção, o cinismo e a hipocrisia. Consequentemente, não é à toa que a população – a maioria – rejeita e hostiliza a política. Logo, desinteresse, abstenção e voto nulo (e branco) funcionam como formas de crítica e denúncia de métodos que não oferecem alternativas de desenvolvimento econômico e progresso social. Fatos que, eleição após eleição, governo após governo, tornam os partidos (e os políticos) cada vez mais iguais entre si, negativamente.

Há aspectos e razões danosas evidentes. O Estado é muito centralizador e arrecadador. Logo, há poder e dinheiro demais em Brasília. O resultado é má gestão e corrupção. Embora teoricamente soberano, o Poder Legislativo é submisso ao Poder Executivo, além de relapso. Em efeito dominó, resulta que não há representantes dos interesses populares e fiscais da execução orçamentária. “Todos querem ser governo”!

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Concomitantemente, efeito colateral ou não das razões acima, também o Poder Judiciário tem se revelado negativamente. Invasivo e comprometedor. E aquém das valiosas funções constitucionais e históricas.

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Viagra e próteses penianas (Forças Armadas), lagostas e vinhos (Supremo Tribunal Federal), plano de saúde e férias de 60 dias (Tribunais, Senado Federal, Câmara dos Deputados etc…), aposentadorias e pensões acima do teto do INSS (elite das corporações estatais etc.)… Quer mais? É só pesquisar!

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Afinal, que qualificação pode se dar a uma estrutura sociopolítica que contempla – com dinheiro público! – tamanhas diferenças de tratamento entre seus cidadãos, entre o público e o privado? Salvo a distribuição de míseros vales disto e daquilo, legítimos mata-fome, o que fizeram ou fazem para desmontar essa “máquina” estatal que saqueia e humilha interminavelmente o povo, a quem resta frequentar os corredores e as salas do INSS e do SUS?

Ainda que algemado pelo estômago e pela própria ignorância política, virá o dia em que o povo haverá de compreender o núcleo e a natureza do próprio estado de servidão. “A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la”, já dizia a escritora e poetisa Cecília Meireles (1901-1964).

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