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Por que vender mais está deixando sua loja no vermelho

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O mito do crescimento

Você já parou para pensar por que, mesmo vendendo mais, sua loja parece estar sempre no sufoco financeiro? Se isso já aconteceu com você, saiba que não está sozinho. Muitos empresários enfrentam exatamente o mesmo dilema: o faturamento sobe, mas o saldo no caixa continua apertado. Em alguns casos, o fechamento do mês acaba até no vermelho.

O problema está em uma ideia que parece lógica, mas é perigosa: acreditar que aumentar as vendas sempre leva ao sucesso. Na prática, muitas empresas quebram justamente enquanto crescem. Isso acontece porque, ao vender mais, elas também aumentam os erros de compra, acumulam estoque parado e comprometem todo o fluxo de caixa. É como encher um balde furado.

Recentemente, ouvimos o caso de uma empresária que aumentou em mais de 40% o faturamento de sua rede de lojas. Ela estava animada com o crescimento, mas por trás das cortinas, o caos financeiro se instalava. Com o estoque inflado e os pagamentos se acumulando, ela chegou ao ponto de dizer: “Estou crescendo, mas vou quebrar.”

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Esse tipo de situação é mais comum do que parece. Por isso, neste artigo, vamos explicar por que vender mais pode, sim, deixar sua loja no vermelho. E, mais importante do que isso, vamos mostrar o que você pode fazer para evitar que isso aconteça.

O que é fluxo de caixa e por que ele precisa ser acompanhado todo dia

Fluxo de caixa é, de forma simples, o registro de tudo que entra e tudo que sai do caixa da sua loja. Parece óbvio, mas a maioria dos empresários ainda trata esse controle como algo secundário. Quando, na verdade, ele é o coração financeiro do seu negócio.

Pense no fluxo de caixa como um batimento cardíaco. Se está ritmado e saudável, a empresa respira bem. Se está irregular, acelerado demais ou fraco demais, é sinal de que algo está errado. E se parar de vez, a operação entra em colapso.

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Um dos erros mais comuns que vemos no varejo é confundir dinheiro no caixa com lucro. Só porque entrou dinheiro hoje, não quer dizer que você pode usar esse valor como se fosse seu. Há contas a pagar, compromissos futuros e até parcelas de vendas que ainda nem foram recebidas. Se o empresário ignora isso, pode acabar retirando valores que deveriam ser reservados para obrigações.

Outro problema frequente é o acompanhamento esporádico. Muitos só olham o fluxo de caixa no final do mês. Quando fazem isso, já é tarde demais. As decisões foram tomadas às cegas, os pagamentos foram feitos e o saldo final mostra apenas as consequências. Por isso, o ideal é olhar para o caixa todos os dias.

Acompanhar o fluxo de caixa diariamente permite saber quanto dinheiro realmente está disponível, quanto está comprometido e o que pode ser investido ou poupado. Essa rotina ajuda a evitar surpresas, previne o descontrole e permite que você tome decisões com base em dados, e não em achismos.
Se sua loja está vendendo bem, mas ainda assim você sente que o dinheiro some, o problema pode não estar nas vendas, mas na forma como o caixa é administrado.

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Erros que mais afundam o caixa da loja

Veja abaixo os erros mais comuns que fazem o dinheiro sumir da loja, mesmo quando as vendas estão indo bem:

  • Achar que dinheiro no caixa é lucro
    • Entrou dinheiro hoje, mas isso não significa que ele está livre. Pode haver boletos, impostos e fornecedores a pagar nos próximos dias. Usar esse valor antes da hora pode criar um buraco difícil de cobrir depois.
  • Fazer retiradas sem planejamento
    • Muitos empresários e familiares tiram dinheiro da loja no dia a dia, como se fosse um caixa pessoal. Isso desmonta qualquer controle financeiro e afeta diretamente o pagamento das contas.
  • Comprar por impulso por causa de “ofertas imperdíveis”
    • Só porque um fornecedor deu um desconto não quer dizer que aquela compra é uma boa ideia. Se o produto ficar parado no estoque, o dinheiro vai ficar travado também.
  • Estoque parado ocupando o caixa da empresa
    • Ter estoque demais não é sinal de força. Pelo contrário, é um indicativo de que o dinheiro está empatado em mercadoria que não gira. Isso sufoca o caixa e impede novos investimentos.
  • Negociar mal o prazo de pagamento das duplicatas
    • Comprar com prazo curto e vender parcelado cria um descompasso no caixa. Você precisa pagar o fornecedor antes de receber do cliente, o que pode gerar dívidas e atrasos.
  • Vender mais sem preparar o caixa para isso
    • Aumentar o faturamento sem estrutura financeira pode ser fatal. Crescer exige mais estoque, mais equipe, mais operação, e tudo isso custa caro. Se o caixa não acompanhar esse crescimento, a conta não fecha.
  • Falta de controle sobre o volume de duplicatas do mês
    • Muitos empresários não sabem o valor total de duplicatas que precisam pagar nos próximos 30 dias. Isso gera sustos e impede que se planejem para manter as contas equilibradas.

Esses erros são mais comuns do que se imagina. O lado bom é que todos eles podem ser corrigidos com conhecimento, processo e organização.

Quando o desconto vira armadilha

Quem nunca se empolgou com uma oferta do fornecedor? Um bom desconto parece irresistível. O problema é que, no varejo, uma oportunidade mal aproveitada pode se transformar num peso que afunda o fluxo de caixa.

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Imagine a cena: o fornecedor chega animado e diz que está oferecendo 30% de desconto em um dos produtos mais vendidos do mercado. Só tem um detalhe. Para conseguir esse desconto, você precisa comprar mil unidades. O detalhe que ele ignora é que sua loja vende, no máximo, cem unidades por mês. Ou seja, você vai levar quase um ano para girar esse estoque.

Nesse tempo, o produto vai ocupar espaço, vai travar capital e ainda pode desvalorizar. E o pior: você terá que pagar por essa mercadoria muito antes de recuperar o dinheiro de volta. O que era um desconto virou um bloqueio no seu caixa. É aí que entra uma frase que vale ouro: “Nem toda oportunidade é para você.”

Só porque a oferta é boa, não significa que faz sentido para o momento da sua loja. Cada decisão de compra precisa considerar o giro do produto, o prazo de pagamento e o impacto no seu fluxo de caixa. Se esses três elementos não estiverem alinhados, o risco é grande de transformar uma boa intenção em prejuízo.

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Desconto bom é aquele que você consegue aproveitar sem comprometer o funcionamento da sua empresa. Todo o resto é ilusão disfarçada de vantagem.

Metas e limites: o que você precisa definir para compras seguras

Um dos maiores erros na gestão de compras é comprar sem saber o quanto realmente pode gastar. A boa prática é definir metas e limites mensais baseados em dados reais da operação. Isso ajuda a evitar excessos, desequilíbrios no caixa e compras que geram estoque parado.

O primeiro passo é saber qual é o giro do seu estoque, ou seja, em quanto tempo, em média, você vende o que compra. Se você compra um produto e leva 90 dias para vender tudo, não faz sentido pagar essa mercadoria em 30 dias. Nesse cenário, você vai tirar dinheiro do caixa antes mesmo de recuperar o valor da venda.

Por isso, uma regra básica é alinhar o prazo de pagamento com o tempo médio de giro dos produtos. Se seus produtos levam 120 dias para girar, busque negociar prazos de 120 dias com os fornecedores. Se isso não for possível, talvez seja melhor reduzir o volume da compra ou escolher outro fornecedor.

Outro ponto essencial é definir um teto mensal para pagamento de duplicatas. Esse limite deve estar dentro da capacidade real do seu fluxo de caixa. Se o valor total de duplicatas ultrapassa o que a loja pode pagar no mês, o ideal é não fechar novas compras ou negociar prazos mais longos.

Ter uma meta de cobertura de estoque também é fundamental. Isso significa saber por quantos dias ou meses seu estoque atual consegue atender à demanda da loja. Se a cobertura já está alta, fazer novas compras pode travar ainda mais o capital e prejudicar o fluxo financeiro.

Quando essas metas e limites são respeitados, as compras passam a ser feitas com mais estratégia e menos impulso. Isso protege o caixa da loja, evita acúmulo de estoque e melhora a lucratividade no médio e longo prazo.

Como a AWISE ajuda a controlar o caixa e melhorar as compras

Ter informações certas nas mãos faz toda a diferença na hora de tomar decisões no varejo. E é exatamente isso que o melhor sistema para lojas, o AWISE, oferece. Com relatórios completos, organizados e fáceis de interpretar, o sistema ajuda você a entender o que está acontecendo na sua loja e onde ajustar para melhorar o resultado.

Um dos relatórios mais importantes é o Demonstrativo de Fluxo de Caixa. Com ele, você consegue visualizar tudo que entrou e saiu da empresa, separando por categorias e períodos. Isso ajuda a prever quanto dinheiro estará disponível nos próximos dias e evita surpresas com falta de caixa.

Outro relatório essencial é o Giro de Estoque, que mostra quanto tempo, em média, os produtos levam para serem vendidos. Com essa informação, você consegue comprar na medida certa, sem exageros, e negociar prazos mais alinhados com o seu tempo de venda.

O relatório de Cobertura de Estoque complementa essa análise. Ele mostra por quanto tempo o estoque atual é capaz de abastecer sua loja com base nas vendas médias. Isso evita tanto o excesso quanto a falta de mercadoria, ajudando a equilibrar as compras.

Para afinar ainda mais a gestão, a AWISE oferece os relatórios de Lucro por Produto, Lucro por Venda e Lucro por Fornecedor. Esses relatórios permitem saber exatamente o que gera mais resultado para sua loja. Com eles, você consegue identificar quais produtos são rentáveis, quais estão sendo vendidos com margem negativa e até quais fornecedores entregam mais lucro ao longo do tempo.

Além disso, com a análise do DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício), você enxerga o panorama geral da operação: quanto está faturando, quanto está gastando e, principalmente, quanto está sobrando de lucro no final.

Essas informações permitem que o lojista saia do modo reativo e passe a agir de forma estratégica. Em vez de comprar baseado em sentimento ou pressão do fornecedor, você começa a tomar decisões com base em dados reais da sua loja. Isso significa mais controle, mais lucro e menos riscos.

Se antes você não tinha ferramentas para acompanhar o caixa, agora tem tudo que precisa para transformar a gestão da sua loja.

Faturamento alto sem lucro não sustenta a empresa

No varejo, é comum ouvir que “o importante é vender cada vez mais”. Mas essa frase pode esconder uma armadilha perigosa. Porque no fim do dia, não é o quanto sua loja fatura que garante sua sobrevivência. É o quanto sobra.

Já acompanhamos empresários que faturam mais de um milhão por mês e estão no vermelho. Ao mesmo tempo, temos casos de lojistas que faturam bem menos, algo em torno de duzentos ou trezentos mil, e conseguem tirar lucros saudáveis todos os meses. A diferença está na forma como eles cuidam do caixa, do estoque e das compras.

O crescimento de vendas exige estrutura, planejamento e controle. Quando isso não existe, o que deveria ser um passo adiante vira um salto no escuro. Comprar mais, contratar mais gente e assumir mais compromissos sem saber se há dinheiro para sustentar tudo isso coloca a operação em risco.

O fluxo de caixa é quem mostra a verdade. Ele revela se o que está entrando é suficiente para cobrir os custos e ainda gerar lucro. Se o caixa fecha negativo todo mês, mesmo com um bom faturamento, o problema não está nas vendas. Está na forma como o dinheiro está sendo gerenciado.

A busca não deve ser apenas por vender mais. O foco precisa estar em lucrar mais com o que você já vende. Melhorar as margens, negociar melhor com fornecedores, evitar compras desnecessárias e controlar bem as saídas de caixa são atitudes que fazem muito mais diferença do que bater um novo recorde de faturamento.

O hábito que separa quem sobrevive de quem quebra

Administrar o fluxo de caixa da loja não é um luxo. É uma necessidade diária. É ele quem mostra a realidade da empresa e permite que decisões sejam tomadas com consciência, não no escuro.
O fluxo de caixa precisa ser cuidado todos os dias. Você precisa anotar o que entra, o que sai e o que está previsto para acontecer. Esse hábito diário é o que separa o empresário que tem clareza sobre sua operação daquele que vive apagando incêndios e torcendo para fechar o mês no verde.

Não importa se você usa um sistema avançado como a AWISE, uma planilha de fluxo de caixa no Excel ou até mesmo um caderno. O importante é fazer. Porque quem olha o caixa uma vez por mês só vê o estrago. Mas quem olha todo dia, tem tempo de evitar o prejuízo antes que ele aconteça.
No fim das contas, vender mais só vale a pena se isso vier acompanhado de lucro. E o lucro só aparece com gestão. Gestão começa com rotina. E a rotina mais importante da sua loja começa pelo fluxo de caixa.

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