Em decisão de quinta-feira, 15, o desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, da 19ª Câmara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O magistrado entendeu como não válida, por “incapacidade mental” e “possível falsificação”, a assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, em documento que manteve Ednaldo no comando da Confederação, anulando toda a documentação de forma oficial.
Horas depois da destituição do presidente Ednaldo Rodrigues, 19 presidentes de federações estaduais assinaram manifesto com defesa da “renovação do futebol brasileiro”. Sem citar Ednaldo Rodrigues, eles iniciam movimento para eleição que poderá ser convocada por Fernando Sarney, interventor nomeado por decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Não assinam o documento as seguintes federações: São Paulo, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Tocantins, Amapá e Mato Grosso.
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Ancelotti disse que vai cumprir contrato
Horas depois de ser nomeado interventor da CBF, Fernando Sarney avisou que “não vai mexer” no contrato com o técnico italiano Carlo Ancelotti. Conforme informações de bastidores, o treinador foi avisado por interlocutores da queda de Ednaldo Rodrigues no fim da noite de quinta-feira no horário de Madrid e garantiu que nada muda. Seu contrato é com a CBF, não com Ednaldo, disse o treinador.
Nas conversas, Ancelotti transpareceu tranquilidade ao saber da notícia. A delicada situação política da CBF foi tema das negociações com o treinador, conduzidas pelo intermediário Diego Fernandes. O italiano estava ciente do risco de mudança no comando da entidade. Ancelotti, por sinal, recebeu sinalizações de opositores de Ednaldo de que eles aprovavam o acerto com o técnico e nada fariam para mudar a situação em caso de afastamento do presidente.
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