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MEMÓRIA

Primeiro morador de Santa Cruz era inglês e ergueu a primeira igreja católica

Foto: Banco de Imagens/Gazeta do Sul

Capela de São João Batista, onde hoje está a Catedral com o mesmo nome, foi construída por Wilhelm (Guilherme) Lewis

No início de 1855, quando ficou concluída a demarcação das quadras e lotes da povoação da Colônia de São João de Santa Cruz, algumas pessoas se habilitaram ao recebimento de terrenos. Entre elas, o inglês Wilhelm (Guilherme) Lewis, que foi o primeiro a construir uma casa na futura vila.

Guilherme é considerado o primeiro morador da cidade de Santa Cruz. Apesar de sua importância para a nossa história, não há muitas informações sobre esse pioneiro. O que se sabe são detalhes mencionados por viajantes, como o cientista alemão Robert Avé-Lallemant, que o visitou em 1858.

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É provável que o inglês veio para o Brasil em 1824, ainda jovem. Alguns anos depois, em Rio Pardo, casou-se com Carlota Leopoldina de Albuquerque, a Dona Carlota, que dá nome a um dos bairros da nossa cidade. Ela era filha do general Manoel Pedroso de Albuquerque, dono da fazenda São João da Serra, cujo território estendia-se de Rio Pardo até Santa Cruz.

O inglês era construtor e ergueu sua moradia na esquina das atuais ruas Marechal Floriano e Ramiro Barcelos, onde fica a agência do Banco Santander. Na casa de madeira, recebia muitos visitantes. Por ser benquisto e respeitado, imigrantes o procuravam em busca de conselhos.

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Em meados de 1855, arrematou a construção da primeira capela católica da povoação. Ela ficava onde hoje está a Catedral São João Batista. A obra, no entanto, só teve início em 1857, pois o projeto sofreu várias alterações. Apesar das dificuldades, Lewis não desistiu e mostrou seu espírito empreendedor.

Para não depender de fornecedores rio-pardenses, instalou uma olaria na chácara que possuía perto da povoação e passou a produzir os tijolos para erguer o templo. Ainda começou a extrair as madeiras na fazenda São João da Serra, que ficava a quatro quilômetros da povoação.

Só outros materiais vinham da capital, de barco ao porto de Rio Pardo e, dali, de carroça até a povoação. A capela de São João Batista foi concluída em dezembro de 1861. Lewis morreu por volta de 1867. Por falta de padre, só foi inaugurada dois anos depois.

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Continua.

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