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MEDICINA

Procedimento inédito no Rio Grande do Sul é realizado em Santa Cruz

Cardiologista Basem Hamid fez na última quinta-feira, 15, no Hospital Santa Cruz, o primeiro implante de prótese Watchman no Estado

Um procedimento que até então nunca havia sido feito no Rio Grande do Sul foi realizado na última quinta-feira, 15, no Hospital Santa Cruz, em Santa Cruz do Sul. O primeiro implante de prótese Watchman no Estado, para oclusão do apêndice atrial esquerdo, foi executado pelo cardiologista Basem Hamid e monitorado pelo cardiologista James Fracasso, que fez a monitorização transesofágica transoperatória.

Conforme o médico responsável pelo implante do dispositivo, trata-se de uma estrutura intracardíaca que é utilizada quando o paciente tem diversos fatores de risco cardiovascular e mais a presença da arritmia cardíaca e a impossibilidade de usar anticoagulante oral, terapia que evita que o paciente tenha risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

“É conhecido que quase 100% dos riscos embólicos são provenientes desse apêndice atrial esquerdo. Então, a gente oclui de maneira endovascular, minimamente invasiva, para não precisar fazer uma cirurgia em que o tempo de recuperação seria muito mais prolongado e os riscos maiores. Ele serve para que o paciente tenha uma qualidade de vida satisfatória, sem os riscos de um AVC isquêmico”, explica Hamid.

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Ainda de acordo com o médico, esse procedimento ainda é considerado “raro”, pois existem fatores como o alto valor e também a especificidade de cada paciente. “Ele foi hipotetizado e estudado há poucos anos. Por isso, ainda é caro e não está disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde, somente de maneira particular e por convênios. Além disso, não é todo paciente que pode fazer. Existem outros dispositivos, mas foi o primeiro do tipo Watchman no Estado”, completa Basem Hamid.

Diagnóstico Cardiovascular, de Santa Cruz, o médico James Fracasso, que fez a monitorização transesofágica transoperatória, salienta que, depois que o paciente implanta o dispositivo, ele não pode ser mais retirado. “A gente não quer que ele saia de lá, porque perderia a utilidade. Ele é implantado e fica para sempre no coração do paciente, que vai se adaptando cada vez mais com o passar do tempo. O organismo o incorpora e ele vai formando camadas que a gente chama de biofilme, e esse biofilme vai se integrando à estrutura cardíaca, de modo que ele permanece ali até o final da vida do paciente.” O profissional complementa que a prótese não resolve a questão inicial da arritmia cardíaca, mas reduz muito o risco de morte e de ter sequelas ocasionadas por uma embolia ou derrame.

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Dispositivo tem aparência de um paraquedas e não pode ser retirado após colocação

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