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VALE DO RIO PARDO

Produtores iniciam mais uma safra de tabaco com a preparação dos canteiros

Foto: Rodrigo Assmann

Daniel (dir.) recebe orientações do técnico agrícola da empresa para ter bons resultados

Daniel (dir.) recebe orientações do técnico agrícola da empresa para ter bons resultados

Enquanto a entrega de tabaco da safra 2024/25 ainda está em andamento nas propriedades e na indústria, o próximo ciclo já foi iniciado por muitos produtores, com a preparação de canteiros e a semeadura para a produção de mudas. Afinal, a escolha da variedade e os cuidados nos canteiros são fundamentais para o sucesso do cultivo.

A largada da safra na propriedade de Daniel Voelz, 44 anos, em Linha Ferraz, município de Vera Cruz, ocorreu em 27 de abril, quando iniciou a semeadura em sete canteiros das duas variedades escolhidas. Na semana passada, findou o processo objetivando a produção de cerca de 85 mil mudas, já que pretende plantar 70 mil pés. Um dos canteiros, onde devem se desenvolver cerca de 14 mil mudas, é semeado para servir de reserva em caso de necessidade. 

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Por conta da preparação das lavouras e da organização dos canteiros ainda com clima seco, Daniel e a esposa Marlene – produtores da Alliance One desde o início da empresa, há mais de 20 anos – deixaram a organização do tabaco curado para venda em segundo plano.

Até o momento, eles entregaram apenas cerca de 30% da safra. “Nós optamos por aproveitar o tempo seco para trabalhar nas lavouras, porque com a chegada da chuva, podemos voltar a trabalhar dentro do galpão”, ressalta.

Desenvolvimento de mudas saudáveis

Sementes certificadas – Passam por um processo rigoroso de controle da produção, que garante boa taxa de germinação, resistência e tolerância a doenças e pragas. Também são adequadas às condições das lavouras, culminando em alta qualidade e produtividade. 

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Escolha das melhores variedades e cuidados com os canteiros são etapas importantes
Escolha das melhores variedades e cuidados com os canteiros são etapas importantes

Sistema float – A produção de mudas de tabaco é feita por meio do sistema com bandejas flutuantes. Elas devem estar em bom estado de conservação e corretamente higienizadas. Recomenda-se a utilização, nas bandejas, de substratos à base de pinus, fibra de coco e turfa canadense. Usar 2 quilos de adubo hidrossolúvel no float de 60 bandejas, com a seguinte formulação: 18-06-18 com cobre. 

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Canteiros – Instalar próximo à casa do produtor para facilitar o acesso. O local deve ser cercado, impedindo acesso de animais. É preciso escolher um lugar plano, com boa insolação e boa drenagem, protegido de ventos fortes e com orientação norte–sul. Manter uma lâmina de 10 centímetros de água no canteiro durante todo o desenvolvimento das mudas. Usar água de boa qualidade, preferencialmente potável. Manter a área livre de plantas daninhas e hortaliças, para reduzir o potencial de doenças.

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Germinação mais lenta

O desenvolvimento das mudas do produtor de Linha Ferraz está dentro da normalidade, já que a semeadura foi feita em tempos de clima mais seco e com muita incidência solar. As bandejas contam com poucas falhas.

No entanto, Daniel tem observado uma germinação mais lenta do que em safras passadas. Mas segundo o técnico agrícola da Alliance One, Rafael Hoelz, que acompanha os trabalhos na propriedade, a qualidade das mudas não será impactada.

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Hoelz destaca que a semeadura está em fase final na região. A indicação é de que o transplante para as lavouras ocorra de 20 de julho até o fim de agosto. Segundo o produtor, neste período realiza de quatro a cinco podas para uniformizar o tamanho das mudas. 

Daniel Voelz também está atendo às variedades das sementes escolhidas para a safra. Resistência, qualidade e rentabilidade são as características que julga essenciais nas plantas.

Ciclo 2024/25

De acordo com o levantamento semanal divulgado pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a entrega da safra de tabaco de 2024/25 está em 61% no Rio Grande do Sul. No total, nos três estados do Sul, a venda chega a 73%.

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No ano passado, houve uma quebra de produtividade de mais de 20%, o que resultou em menos tabaco nas propriedades e venda de forma rápida e antecipada. Agora, o processo é considerado lento. “Em 2024, no início de maio, praticamente toda a produção já havia sido comercializada. No momento, estamos na segunda quinzena de maio e foram vendidos dois terços nos três estados”, afirma o presidente da entidade, Marcílio Drescher.

Ele acrescenta que, por conta do aumento de produção na última safra, para o próximo ciclo o recomendado é plantar menos e cuidar mais. 

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