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ROMEU NEUMANN

Que nos perdoem os gambás!

Pensa que é fácil sacar da cartola um tema e escrever algo que seja relevante para o leitor? Que faça pensar, concordar ou não, mas que ofereça alguma contribuição para sua vida? Não é!

Até porque procuro desviar de muitos assuntos ácidos que não pautam mais a minha rotina de trabalho.

Pois andava sem inspiração, alguns dias refugiado na sombra e abanado pela brisa que sopra do sol nascente do Rincão da Cavalhada, no interior de Rio Pardo, quando me dei conta de que já tinha compromisso de enviar meu artigo.

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Pensei em alguns temas, nenhum convincente. Foi quando abri a caixa de e-mails e encontrei um arquivo, no mínimo curioso, que falava da importância dos gambás. Não os bebuns que incomodam o dono do bar ou a mulher em casa. Mas os bichinhos que costumam aparecer nesta época do ano nas nossas casas.

Eu não sabia, mas o texto falava que os gambás se alimentam de cobras, inclusive peçonhentas, aranhas, baratas e vários outros seres que consideramos inconvenientes. Duvidei e fui pesquisar. E me deparei com vídeos surpreendentes.

Neste ano ainda não hospedamos ninhadas desses bichinhos. Mas os vizinhos sim. E procederam muito bem, como já fiz algumas vezes, em acomodar os filhotes em caixas de papelão e levá-los a um habitat adequado.

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Anos atrás era comum aparecerem pequenas populações de gambazinhos em nossa casa. Moramos perto do Cinturão Verde e as mamães gambás (será que é assim que se diz?) tinham uma predileção por escalar o sótão para criar sua prole.

Tive a insensatez de contar um desses episódios para os amigos da Gazeta. Justamente para o Jones Alei. Havia sete, oito, talvez dez gambazinhos espalhados pelos quartos e banheiros, vindos do andar superior, quando voltamos da praia. Dois deles refestelados dentro da banheira. Certamente não à espera de uma hidromassagem, mas de água para beber, suponho.

Meus amigos não perdoaram. Tenho certeza que o Fernando Barros, competente chargista e ilustrador da Gazeta até hoje, ficou constrangido, mas teve que “retratar” a cena. Maldosa, vamos deixar claro.

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Me postou à frente da banheira, os dois gambazinhos de pernas cruzadas, bermudinhas listradas e uma constrangedora legenda: “hic, oi tio, sai mais um trago aí?”

Falei, sem convicção, que isso podia justificar uma demissão.

Os gambás, bichos, agora sei, não deveriam dar nome ou apelido a outros seres que não são predadores de serpentes, nem aranhas, nem escorpiões, mas são vítimas deles. Ou do mal que fazem a si mesmos: os humanos!

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