Os atingidos pelas cheias do Rio Pardinho em Santa Cruz do Sul começaram a voltar para casa. Os trabalhos iniciaram nessa quinta-feira, 19, e contaram com o apoio da Prefeitura.
O coordenador da Defesa Civil, Cesar Eduardo Bonfanti, confirmou o retorno de algumas famílias no Bairro Rauber, onde a enchente foi de menor intensidade. No Várzea, a água também estava baixando. Moradores do Loteamento Navegantes ainda não tinham previsão de retorno, mas se as condições climáticas forem favoráveis e a água seguir recuando, a previsão é de que hoje eles possam retornar. Na tarde de quinta, o nível do Rio Pardinho estava em 7,36 metros e diminuía gradualmente. Na manhã desta sexta-feira, 20, já estava em 5,54 metros por volta das 8h20.
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No Várzea, moradores já deram início à limpeza. O motorista Vanderlei Petry, 55 anos, que vive há 27 anos da rua Antônio Lambert, contou que a água invadiu aproximadamente 15 centímetros dentro de casa. “Tivemos que sair quarta. Durante a madrugada, a água entrou de novo e novamente realizamos a limpeza. Temos poucas coisas e não tivemos prejuízos porque conseguimos erguer os móveis.”
Ele ressalta a preocupação de conviver com as enchentes na região. “Com o tempo, pensamos em sair daqui. Vamos ficando mais velhos e isso se torna complicado. Queremos sair daqui”, salientou.

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O casal Nelson e Rosane Nobre, que reside há três anos na mesma rua, vivenciou novamente o avanço das águas. “É um drama para nós. Ficamos apreensivos e com medo”, disse ela. A nora e o filho se abrigaram na casa de familiares. Rosane e o marido ficaram com receio de abandonar a casa quando a cheia atingiu a moradia.
“Temos medo de roubo e perdermos o pouco que resta. Ficamos na redondeza e dormimos no carro para esperar a água baixar e poder voltar.” O acúmulo de água foi considerável, mas a família conseguiu erguer os equipamentos de costura, móveis e eletrodomésticos e não teve maiores prejuízos. Segundo o casal, é preciso fazer a dragagem no Rio Pardinho para afundar o nível do leito e a limpeza das sangas na região. “Tem entulho da enchente passada na sanga atrás do mato. Vieram com as máquinas, empurraram para dentro e ficou. Esse tipo de situação não resolve. Solução e dinheiro tem, mas é preciso ter vontade para fazer”, disse a moradora.

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