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SÉTIMA ARTE

Religião, amor e política: confira os filmes em cartaz no cinema

Corrupção e fé em Conclave

À primeira vista, Conclave parece ser um mero “Oscar bait”, ou seja, uma obra criada no intuito de receber indicações para o maior prêmio da indústria cinematográfica. No entanto, o filme de Edward Berger (Nada de Novo no Front) entrega um suspense político sobre um dos atos mais importantes para os católicos: a escolha do novo papa.

Diante da morte do Santo Padre, cabe ao cardeal Lawrence (Ralph Fiennes, famoso por interpretar Voldemort na saga Harry Potter) comandar a votação para o novo líder da Igreja. Para isso, precisará reunir cardeais de todo o mundo no Vaticano. Eles ficaram enclausurados, sem qualquer contato com o exterior, até que a votação secreta termine.

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A história, baseada no livro de mesmo nome escrito por Robert Harris, demonstra o quanto a busca pelo poder é mais importante do que a fé. Isso é evidenciado pelas ambições dos candidatos, reveladas em seus discursos e atos. Um a um, vão tendo seus pecados revelados, evidenciando a corrupção dos sacerdotes religiosos.

É em meio ao contexto político que o roteiro traz para debate os principais questionamentos do filme: afinal, qual a missão do papa? E que critérios devem ser levados em conta pelos cardeais para eleger o novo Santo Padre?

Conclave é bem-sucedido ao manter um controle sobre o público cena após cena. É incrível como o ato de votação torna-se um momento tenso e aguardado. E, quando finalmente parece que haverá uma resolução, algo novo acontece, deixando o espectador apreensivo e paranoico.

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Ao final da obra, é difícil não se sentir recompensado por ter vivenciado a experiência no cinema. Com certeza, faz jus às oito indicações ao prêmio da Academia.

As relações (im)perfeitas

Acompanhante Perfeita é uma experiência intrigante e inesperada sobre relações amorosas. Escrita e dirigida por Drew Hancock (em seu primeiro trabalho para a telona), a obra não se limita a um único gênero cinematográfico, misturando elementos de terror, humor, drama e romance.

O amor é o elemento principal da trama, evidenciado na protagonista. Começa de maneira ingênua, no momento em que Iris esbarra em Josh (Jack Quaid, de The Boys) em um supermercado. Ali, ela descobre que encontrou o companheiro da sua vida.

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Entretanto, a linda relação do casal é colocada em xeque quando viajam para uma luxuosa cabana remota. Lá, vão passar um fim de semana na companhia dos amigos de Josh e do peculiar (e clichê) proprietário da propriedade, o russo Sergei (Rupert Friend). Enquanto falam sobre amor e relacionamentos, algo inesperado acontece e provoca uma reviravolta na vida do casal principal.

Acredite, é tudo que você precisa saber de Acompanhante Perfeita antes de entrar no cinema. Embora não seja uma grande reviravolta, e nem tão surpreendente, o filme tem uma maneira curiosa para revelar as verdadeiras intenções dos personagens.

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Iris é o grande destaque. A trama investe na sua jornada, dando veracidade à transformação de uma garota frágil e apaixonada em uma espécie de heroína. E, é claro, pela atuação brilhante de Sophie Thatcher. Em um mundo onde as relações tornam-se cada vez mais digitais e menos físicas, onde a tecnologia passou a substituir o afeto humano, a Acompanhante Perfeita torna-se uma obra pertinente. Aos casais, vejam por sua conta em risco.

Um Novo Mundo para a Marvel

Capitão América – Admirável Mundo Novo chega aos cinemas em um momento delicado para os super-heróis na tela grande. Em meio às críticas e à queda na bilheteria, as adaptações de quadrinhos ainda têm a força para encher as salas e agradar ao público? A preocupação da empresa com esse questionamento é evidenciada no longa-metragem. E o peso dessa responsabilidade recai no personagem Sam Wilson, o novo Capitão, e em seu intérprete, Anthony Mackie.

A escolha, no entanto, não poderia ser mais assertiva. É em Wilson (e, consequentemente, Mackie) que está a força de Admirável Mundo Novo. Não há dúvidas que ele merece assumir o manto após Steve Rogers (Chris Evans) lhe entregar o escudo em Vingadores: Ultimato. No decorrer da jornada, ele expõe suas fraquezas e inseguranças, entregando ao público um personagem mais humano do que os demais.
Porém, nem mesmo o herói e o ator parecem ter acalmado os executivos da Marvel. Com receio de mais um fracasso, a empresa acabou entregando os principais momentos da trama em seu material de divulgação, na tentativa de atrair o público.

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Para a campanha de marketing, essa pode parecer uma aposta acertada. No entanto, para o espectador, que vai ao cinema já sabendo o que vai acontecer, o filme acaba perdendo sua força.

Admirável Mundo Novo esforça-se para ser a salvação de uma safra amargurada no cinema de heróis. Mesmo com um bom herói e uma trama minimamente interessante em mãos, a Casa das Ideias (apelido da Marvel) parece sofrer de um bloqueio provocado pela insegurança de falhar e não ser mais
a queridinha dos fãs.

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