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TARIFAÇO

Santa Cruz do Sul registra redução de quase 97% nas exportações para os Estados Unidos

Foto: Bruno Pedry/Banco de Imagens

O tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a compra dos produtos brasileiros atingiu em cheio a economia santa-cruzense. Em setembro, segundo mês de vigência das novas taxas, houve uma redução de 96,85% nos valores negociados. O principal setor impactado é o de tabaco, que teve retenção de 30% do que já havia sido negociado com os clientes norte-americanos.

De acordo com levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, Santa Cruz do Sul foi o sexto município com piores resultados em setembro no Brasil e o primeiro entre os exportadores do Rio Grande do Sul em negócios com os Estados Unidos. Quem mais perdeu foi Rio de Janeiro, capital, com os danos causados no setor de ferro e aço.

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Os segmentos de madeiras, máquinas e equipamentos também incluíram outros municípios na lista dos dez, como Confins, Sete Lagoas e Belo Horizonte, em Minas Gerais; Ribeirão Pires e Matão, em São Paulo; Anchieta no Espírito Santo; Joinville, em Santa Catarina; e Ipojuca, no Pernambuco.

De acordo com o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, foram negociados 40 milhões de quilos com clientes dos Estados Unidos. A partir da carta encaminhada por Trump para o Brasil, quando anunciou que seria feito o tarifaço, houve uma força-tarefa para conseguir embarcar a maior quantidade possível, pois já estava acertado e processado.

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Conseguimos, até o dia 6 de agosto, chegar aos 28 milhões de quilos, o que representa 70%”, contabiliza Thesing. “Estamos todos torcendo para que cheguem a um acordo, porque não há como os norte-americanos pagarem mais 50% sobre o produto”, comenta o presidente do SindiTabaco. Essa expectativa é reforçada porque não houve um cancelamento das compras, mas uma suspensão, o que ainda pode ser revertido caso os governos dos dois países cheguem ao entendimento.

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O presidente Valmor Thesing destaca que 30 milhões de quilos negociados com os Estados Unidos são da variedade Virgínia e outros 10 milhões da Burlei. A suspensão temporária faz com que os produtores das duas variedades fiquem na expectativa.

A partir de um acordo, na hipótese de retomar aos patamares anteriores ao tarifaço, a previsão é de que leve em torno de seis meses para ser restabelecido o fornecimento completo. Essa situação decorre da estrutura logística do Brasil e a necessidade de contratação de frete marítimo.

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