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ROMEU NEUMANN

Um consolo ao final da Copa

Relutei em reconhecer um rival histórico como campeão do mundo. Mas na medida em que a final da Copa ia acontecendo, me convenci de que a taça mais cobiçada ficaria nas mãos que mais a mereciam.

Me perdoem os hermanos, mas invejo a seleção e comissão técnica que os representaram no Catar. Vi competência, organização e, claro, qualidade técnica, coletiva e individual. Por sinal, virtudes muito alardeadas pela mídia para nossa representação, mas que devem ter se dissipado nas areias das Arábias.

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Afora o reconhecimento ao merecido título conquistado pela seleção de Messi – ele sim um craque respeitado no mundo inteiro, por atletas e adversários de todos os países, sem firulas, que joga futebol e não precisa descolorir cabelo para ser visto pela mídia vesga que só enxerga o que quer ver – ficam algumas lições.

Vi, no decorrer desta Copa, vários jogos de seleções de todos os continentes. E alguns aspectos me chamaram especial atenção.

Começo pelo nível dos goleiros. Quando era menino e adolescente, o menos familiarizado e apto no trato com a bola era sentenciado a ficar na goleira. É como se dissessem: “você não sabe fazer outra coisa, então fica lá atrás. E não deixa a bola passar!”

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Errado! Vi gigantes guarnecendo as traves, algumas vezes os maiores destaques da seleção do seu país e decisivos para sacramentar avanços na competição que pareciam improváveis. Me dei conta de quão precária é a formação de nossos goleiros – a maioria deles – que, ao que parece, são treinados para jogar só com as mãos e não com os pés.

É claro que os méritos sempre são creditados aos goleadores. Mas na decisão da Copa, nesse domingo, o goleiro Martinez, da Argentina, foi tão protagonista quanto Messi, o craque, na minha visão. Evitou um gol da França nos instantes finais da prorrogação e defendeu pênaltis na definição do placar final.

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Outra questão: ficou evidente o quanto um técnico representa para o resultado final numa competição deste nível. Desde a convocação de atletas à escalação para cada confronto e definição de uma estratégia de jogo.

O que vi foi uma preocupação com o equilíbrio das equipes em campo. Menos na nossa seleção, onde se empilhou atacantes e não se cuidou da armação das jogadas e nem de guarnecer os defensores.

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Estratégia, foco, treino, entrega, ambição, motivação pessoal… Tantas coisas poderia mencionar como decisivas numa competição mundial, que vi nos adversários e não nos que vestiram as cores de nossa bandeira.

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Vi o presidente da França no gramado, ao final do jogo, consolando e reanimando seus soldados, em especial um gigante chamado Mbappé, autor de três gols numa final de Copa do Mundo, e não consigo esquecer da imagem do nosso técnico fugindo para o vestiário depois da derrota diante da Croácia ainda nas quartas de final.

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Me consolo, convicto de que foi melhor assim. Pelo que assisti no sábado, na decisão do terceiro lugar, e ontem, na final da Copa, agradeço por não termos sido humilhados mais uma vez como no tal 7 a 1 diante dos alemães. Embora tenhamos ficado atrás do Marrocos, da Croácia e dos finalistas da competição.

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