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MENSAGEM DE AFETO

Visitas à Asan trazem alegria aos idosos na semana da Páscoa

Foto: Inor Assmann

Entre as atividades realizadas em Santa Cruz do Sul, uma delas foi promovida por voluntários com os residentes da entidade do Bairro Bom Jesus

O silêncio da Associação de Auxílio aos Necessitados (Asan), no Bairro Bom Jesus, foi interrompido na tarde dessa quarta-feira, 16, por uma alegre cantoria no clima de Páscoa: Coelhinho da páscoa que trazes pra mim. Um ovo, dois ovos, três ovos assim.

Enquanto a cantiga clássica era executada, o coelho chegou – na companhia da turma do Doutor Só Risos e do Gaúcho Pachola – ao refeitório da entidade, onde 40 residentes aguardavam. E ao lado do padre Leão Gomes da Silva e outros voluntários, dançaram e cantaram junto com os idosos.

A iniciativa foi aprovada por Udo Schoeherr, de 73 anos, que reside na Asan há cerca de dois anos. O momento mais emocionante, segundo ele, foi a oração. “Mas a música estava ótima”, disse, alegre.

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Conforme a coordenadora de voluntariado da associação, Glacy Falleiro, a ação ganhou força neste ano porque muitos residentes não recebem visitas. “Muitos deles estavam tristes, sem ter com quem conversar. Então decidimos elabViorar atividades de integração – já fizemos um bingo e agora no fim do mês haverá outro”, afirmou Glacy, que também é secretária da diretoria. Ela e o grupo de voluntários prepararam uma lembrança para os idosos: um coelho feito com uma toalha com um bombom.  

O coordenador da Asan, Diogo Rafael Guedes, destacou a necessidade de celebrar as datas comemorativas com os idosos. “Muitos não possuem vínculos familiares. Quem acaba suprindo isso são os profissionais da instituição. E por sermos uma família, achamos importante ter esse”.

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Residentes da entidade recepcionaram o coelho da Páscoa e também cantaram com o grupo Doutor Só Risos e o Gaúcho Pachola | Foto: Inor Assmann

“Idosos precisam da convivência comunitária”

A atividade contou com o apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, que levou para a Asan o grupo Só Risos e o coelho da Páscoa. Segundo a presidente do conselho, Priscila Froemming, voluntários estão percorrendo cerca de 20 casas geriátricas e instituições durante a semana. 

Além do coelho, contam com o apoio de músicos como Guinther Bender, da banda Viúva Negra, e Thiago Porto. “São todos voluntários que estão indo levar o coelho, a alegria e uma música para as casas geriátricas.”

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Para Priscila, trata-se não só de um momento de celebração, mas de evidenciar o verdadeiro significado da Páscoa. Sobretudo, a empatia e o amor ao próximo. “É o cuidado da comunidade com os idosos, mostrar que eles não estão isolados. Por mais que estejam em uma instituição, eles precisam da convivência comunitária.”

Idosos do Cras Beatriz também levam alegria

A Páscoa chegou mais cedo para os mais de 80 vovôs e vovós que vivem na Asan. E chegou na manhã dessa quarta pelas mãos de outras dezenas de vovôs e vovós que frequentam de segunda a sexta-feira o Centro de Convivência da Melhor Idade (CCMI) do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) Beatriz Frantz Jungblut. Ao som do Hino da Terceira Idade, eles adentraram o salão vestindo as camisetas verdes do projeto, cantando, dançando e distribuindo sacolinhas recheadas de mimos, feitas por eles mesmos nos encontros da oficina de artesanato.

Acompanhando o grupo, a coordenadora do CCMI, Silnara Noronha, responsável pelo projeto há 13 anos, emocionou-se ao falar da ação, que vem sendo preparada durante toda a Quaresma. Segundo ela, a ideia foi fazer algo diferente este ano e levar um pouco de amor e carinho a outros idosos, que não têm a mesma autonomia.

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“Me emociono só de falar. Eles fizeram as sacolinhas todas de papel pardo e as mãozinhas chegaram a ficar dormentes; aí eles colocavam um pouquinho na água para poder continuar”, contou.

Sob a orientação da oficineira voluntária Ana Júlia Ferreira, que já trabalhou no Cras como servidora antes de se aposentar, o grupo confeccionou 82 sacolinhas de papel e decorou uma a uma com ilustrações coloridas. No interior das sacolas, que foram entregues acompanhadas de um cartão com desejos de feliz Páscoa, havia pequenos presentes como chocolates, bolachas que eles mesmos prepararam, toalha e sabonete. Além dos mimos, alguns pacotes de fraldas e lenços umedecidos foram entregues na direção da instituição.

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A alegria era visível nos rostos, tanto de quem oferecia quanto de quem aceitava o gesto de carinho. Foi o caso das irmãs Elizabete de Siqueira Rodrigues, de 65 anos, e Ortenila Severo, 70 anos.

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A mais nova frequenta diariamente o Cras Beatriz e contou que a irmã está há cinco anos na Asan. Tem diagnóstico de Alzheimer, mas segundo Elizabete, está feliz e amparada. “Vim trazer uns bombonzinhos. Agradeço a Deus todos os dias, rezo muito por ela e sei que aqui está sendo muito bem cuidada”, contou, em meio a um abraço apertado.

Elizabete Rodrigues foi rever a irmã Ortenila, que tem diagnóstico de Alzheimer | Foto: Elemir Polese/Divulgação

Também contente estava o aposentado Dorgério Corrêa da Rosa, 86 anos, que há mais de uma década é frequentador do Cras Beatriz. Apesar da asma persistente, adquirida no trabalho na produção de cal – ofício que lhe permitiu prover o sustento de oito filhos –, ele se mantém ativo. Pratica exercícios e faz questão de externar a união entre os parceiros de grupo em torno de uma boa causa, como a da visita à Asan.

“Fizemos bingo, guardamos o nosso dinheirinho, cada um deu um pouquinho e juntamos ‘700 contos’”, comemorou.

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Ação proporciona convívio entre as diferentes gerações

A manhã teve ainda outras cenas marcantes, como a do convívio entre diferentes gerações. Atenta a tudo, a pequena Manuela Allgayer, de 10 anos, acompanhou a avó Rosalina Morais da Silva, 60, na visita à Asan, e observava tudo com uma expressão de encantamento no rosto.

Encantamento no rosto: Manuela, 10 anos, esteve na Asan a convite da avó Rosalina | Foto: Elemir Polese/Divulgação

Em outro momento, a chegada da secretária de Desenvolvimento Social e Inclusão e primeira-dama, Fátima Alves da Silva, causou alvoroço. Ela foi cercada pelos residentes. Mas foi na hora de soltar a voz, tocar pandeiro e mostrar seu talento musical, interpretando a canção Menina da Aldeia, que conquistou a plateia.

“A gente pode ter uma série de situações difíceis e às vezes tristes ao longo do dia, mas quando chega aqui, a tristeza se dissipa e é só alegria. Fico feliz em ver que as pessoas aqui estão felizes e, no que depender da Prefeitura, o mínimo não vai faltar”, disse a secretária.

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