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LITERATURA

Vozes negras importam: 16 histórias para entender o preconceito racial

Foto: Freepik

Antirracismo, colorismo, negritude e racismo estrutural são alguns dos termos relacionados às causas negras que ganharam destaque nas rodas de conversas nos últimos anos. Via de regra, são os escritores e pensadores negros que produzem conteúdo para sanar dúvidas e oferecer mensagens de esperança para quem sofre com o preconceito racial ou quer se tornar um aliado da causa.

Mesmo com o debate acalorado sobre estes temas, o espaço para que autores e autoras negras ganhem visibilidade é limitado, especialmente no Brasil. Uma pesquisa de 2012 revelou que 93,9% dos romances lançados por três grandes editoras do país, entre os anos de 1990 e 2004, eram de autores brancos. E em 56,6% destas obras não havia nenhum personagem racializado.

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Estes dados mostram a importância de valorizar os autores negros que levantam a voz contra a violência racial, o preconceito religioso, o machismo, homo e transfobia e outras formas de intolerância. Abaixo, você encontra uma lista com audiolivros de histórias escritas e narradas por pessoas negras. São obras que retratam as muitas realidades do negro no Brasil.

Um Exú em Nova York

Escrita por Cidinha da Silva, a obra parte das tensões provocadas pela percepção das religiões de matrizes africanas para desmistificar ideias negativas e escancarar o racismo religioso. A história ainda aborda temas como perda de direitos e masculinidade tóxica.

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Sim à igualdade racial

Obra de Luana Genot discute a desigualdade racial no mercado de trabalho no Brasil. A importância de falar sobre o assunto e buscar caminhos para enfrentar as questões raciais dentro das empresas inspirou este livro que é o resultado da dissertação de mestrado da autora em Relações Étnico-Raciais.

Ponciá Vicêncio

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Conceição Evaristo descreve os caminhos, os sonhos e os desencantos da protagonista Ponciá Vicêncio. A autora traça a trajetória da infância à idade adulta, analisando seus afetos e o envolvimento com a família e amigos. O livro discute ainda a questão da identidade de Ponciá, centrada na herança identitária do avô.

Becos da Memória

A autora Conceição Evaristo traduz, a partir de seus muitos personagens, a complexidade humana e os sentimentos profundos dos que enfrentam cotidianamente o desamparo, o preconceito, a fome e a miséria. Ela discute questões profundas da sociedade brasileira sem perder o lirismo e a delicadeza.

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Negras, Mulheres e Mães

O título é um retrato sobre as relações raciais no Brasil. Através do resgate das memórias de Olga de Alaketu, saudosa Iyalorixá de Candomblé, a autora Teresinha Bernardo revela a capacidade da mulher negra em superar as dificuldades e preconceitos no curso da vida.

Transradioativa

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A obra narra a luta da cantora, atriz, DJ, performer, escritora e artista plástica Valéria Barcellos contra o câncer e a transfobia. É uma coletânea de crônicas sobre negritude e transexualidade que também traz luz para temas como racismo e misoginia e ensina que a diversidade está e sempre estará presente nas relações humanas.

Da Navalha ao Berimbau

Jorge Felipe Columá investiga como a figura do malandro se confunde com a do capoeirista numa simbiose que vai muito além das rodas e constitui uma identidade, ou melhor, uma filosofia de vida. A obra é um convite para que o ouvinte tenha acesso ao mundo dos bambas e malandros, às rodas de jogo e de samba, cariocas da gema.

Senti na pele – relatos

Reunião de relatos organizados por Ernesto Xavier que documentam as consequências do racismo. As histórias presentes nesta narrativa revelam o impacto que as situações de preconceito causam na vida das vítimas. Mais que denúncia, esta obra é um veículo para a disseminação das vozes negras.

O caçador cibernético da Rua Treze

Fábio Kabral apresenta elementos da mitologia Iorubá em uma aventura afrofuturista de tirar o fôlego. Com uma linguagem contemporânea, o autor cria um universo fantástico e rico em detalhes, onde vive um povo melaninado, com visual arrojado e usuário de uma tecnologia avançada.

Olhos de Azeviche

Uma coletânea que apresenta as obras de dez autoras negras que estão renovando a literatura brasileira. As narrativas delas buscam reduzir o abismo que ainda há entre a quantidade e a diversidade de escritoras negras brasileiras contemporâneas e os espaços de divulgação e circulação dos textos.

Livro do Avesso

Segundo romance da prosadora e poetisa Elisa Lucinda, a obra nos apresenta a protagonista Edite e narra a trajetória do desejo, dos afetos, das amizades e amores com a liberdade de um contínuo fluxo de consciência. Uma história intimista que faz rir, emociona e enternece.

#Parem de nos matar!

Neste livro, Cidinha da Silva questiona a naturalização das violências raciais e mortes de pessoas negras. A obra narra os anseios e dores de parentes e amigos de assassinados ou desaparecidos. É uma reflexão poderosa sobre como a percepção geral sobre as tragédias negras é pautada na falta de empatia.

Da vida nas ruas ao teto dos livros

A autora Clarice Araújo Fortunato revisita a trajetória pessoal resgatando memórias da infância na zona rural, a vivência como empregada doméstica e o encontro com a vida acadêmica. Esta narrativa é permeada por episódios marcados pelo racismo e machismo e por uma forte mensagem de esperança.

A Autobiografia do Poeta-Escravo

Autobiografia de Juan Francisco Manzano, poeta-escravo cubano nascido no século XIX. Esta é a única narrativa autobiográfica latino-americana escrita por uma pessoa escravizada durante o cativeiro. Uma imersão em uma realidade dolorida, mas importante de ser resgatada, especialmente para o Brasil, um dos países que relutou duramente em abolir a escravidão humana.

Poemas de Recordação e outros movimentos

Com pouco mais de uma hora, Poemas de Recordação e outros movimentos, escrito por Conceição Evaristo e narrado por Lena Roque, permite ao ouvinte entrar em contato com a rica visão poética da autora. Ela lança luz sobre temas sociais como fome, pobreza, preconceito, intolerância religiosa, mas também abre espaço para paixão, amor e desejo. 

Nada digo de ti, que em ti não veja

Ambientado em 1732, época do Brasil colônia, a narrativa trata de temas relevantes para a atualidade como fake news, racismo, milícia, delações, conservadorismo, fanatismo religioso e transexualidade. A trama eletrizante contada em áudio por Nathiaga Borges, atriz, travesti, negra e periférica, é uma história de amor impossível, narrada através de cartas anônimas. A versão impressa foi escrita pela jornalista, com passagem pelo The Intercept Brasil, Eliana Alves Cruz.

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