O Instituto Crescer Legal comemora dez anos de atuação com um evento em Santa Cruz do Sul nesta quinta-feira, 22. A celebração deve reunir cerca de 200 convidados, entre associados fundadores, empresas apoiadoras, equipe, autoridades, representantes dos 23 municípios parceiros e uma representação de egressos dos programas com seus familiares.
A programação, segundo os organizadores, será marcada por momentos de vivência e conexão. Uma roda de conversa resgatará momentos marcantes da trajetória do instituto, com pessoas que participaram da construção e dos programas desenvolvidos pela entidade. Também são prometidas surpresas temáticas e interativas na programação, que ocorre no TAP’S Eventos.
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Desde a sua fundação, em 2015, o Crescer Legal já certificou mais de mil adolescentes do campo. Iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas associadas, ele tem sede em Santa Cruz e atuação em 23 municípios dos três estados do Sul.
Além do Programa de Aprendizagem Profissional Rural, tem três outras iniciativas: o Programa de Acompanhamento dos Egressos; o Nós por Elas – A voz feminina do campo e o Boas Práticas de Empreendedorismo para a Educação.
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Pesquisa de impacto inédita, conduzida pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis) entre fevereiro e março de 2025 com os egressos do programa, validou a transformação promovida ao longo da última década. Confira os principais resultados.
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- Identidade rural: 55% dos jovens passaram a valorizar mais a cultura e 45% destacaram o reconhecimento à profissão de agricultor.
- Qualificação profissional: 80% aumentaram seus conhecimentos em empreendedorismo e gestão rural, e 73% afirmaram que a qualificação recebida os ajudou a acessar novas oportunidades.
- Desenvolvimento de competências protagonistas: 71% melhoraram suas habilidades de comunicação e expressão pessoal, 65% desenvolveram o pensamento crítico, 65% se tornaram mais engajados com a comunidade e 57% se tornaram mais proativos após o programa.
- Aumento do grau de escolaridade: 87% dos jovens participantes da pesquisa, que têm entre 14 e 26 anos, completaram o Ensino Médio ou ingressaram no Ensino Superior. Entre eles, 58% passaram a valorizar mais a formação escolar e mais de 49% adquiriram interesse em se formar em cursos das ciências agrárias ou licenciaturas. Além disso, 21% percebem que houve melhora em seu desempenho escolar com a participação no programa, e 16%, que houve melhora em sua frequência à escola no período.
- Diversificação das possibilidades de atuação profissional: 40% dos egressos que residem em propriedades rurais relatam novas culturas em sua propriedade após o programa. Além disso, 74% ampliaram suas redes de parcerias, enquanto 72% passam a enxergar novas possibilidades de atuação profissional.
- Aumento da segurança financeira: um terço dos participantes relatou aumento do acesso a bens e serviços que melhoram sua qualidade de vida após o programa, enquanto 63% percebem uma maior contribuição para a renda familiar.
- Sucessão rural: cerca de 48% dos jovens aumentaram seu interesse em ser sucessor na propriedade rural após o programa, 49% adquiriram mais interesse em permanecer no meio rural e 49% sentem que ganharam mais voz na propriedade.