Uma nova narrativa de ficção com a marca do sul-africano J. M. Coetzee, Prêmio Nobel de Literatura de 2003, só pode mesmo ser considerada um grande acontecimento literário. Autor de obras-primas como Desonra, Elizabeth Costello e Verão, Coetzee é, aos 85 anos, um dos mais respeitados romancistas da atualidade.

Agora, brinda seus leitores com uma novela curta, mas carregada com a densidade de significados típica de sua lavra. A Companhia das Letras, editora de sua obra no Brasil, colocou em pré-venda o livro O polonês, com tradução de José Rubens Siqueira, em 144 páginas, ao valor de R$ 79,90. O volume deve chegar às livrarias a partir do dia 7 de outubro.

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O enredo, em seis capítulos, foca Witold Walczykiewicz, célebre e controverso pianista conhecido por suas interpretações de Chopin. Em turnê em Barcelona, ele conhece uma patrona das artes, Beatriz, e por ela se apaixona, ainda que seja uma mulher casada. Em torno do affair de ambos, Witold escreve 84 poemas e depois some, quando ela o rechaça.

É a partir desse conjunto de poemas que Beatriz tentará dar um sentido ou significado à breve relação que ambos tiveram. Como pano de fundo fica o intertexto com uma série de outros relacionamentos, eternizados pela literatura ou por outras formas de manifestação artística, e que se projetaram para o futuro. Em debate, a um tempo a efetivação de um sentimento embretado por convenções sociais ou impossibilidades várias, e a expressão artística dele, que acaba por perdurar.

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